sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O QUE FAZER?



O QUE FAZER?
o que fazer?



David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br




É de manhã!
Saio pela rua.
Caminhando.
Cantando.
Assobiando.
Passa o ônibus.
Com ar condicionado.
Lotado!
Não é o meu!
Graças a Deus!
Senão o próximo só daqui a 15 minutos...
Estou no ponto!
Ponto do ônibus.
Muitos como eu a espera do “coletivo”.
Lá vem “ele” diz o menino.
Está junto com uma senhora portando bengala.
Também com ar condicionado... Que legal!
“Ele” para.
Subimos.
“Um passinho, por favor,” – diz o cobrador.
E todos se empurram...
“Fecha atrás” diz novamente o cobrador, desta vez para o motorista.
Consegui sentar, dois pontos à frente.
Fico a reparar a paisagem.
A mesma.
Todos os dias.
Com sol.
Com chuva, frio ou calor.
Às vezes “ela” muda. Sujeira, novos buracos, ou início de novas obras. Só isso.
No mais é sempre a mesma.
E “ela” vai passando pelos meus olhos.
É a paisagem.
Ruas, prédios, árvores, gente...
Vou me aproximando.
Aproximando-me do local do trabalho.
Do local da rotina.
É ali.
Do outro lado.
Do outro lado da avenida.
Avenida larga.
Atravesso.
Atravesso com muito cuidado.
Com muito medo.
Atravesso na faixa.
Na faixa de segurança.
É ali que vou fazer.
Só em pensar fico a pensar: “O que fazer?”
Todos os dias.
Faz exatamente 25 anos, dois meses e 17 dias.
A mesma rotina.
E depois com o por do sol – voltar.
Voltar tudo.
E fico a pensar “com meus botões”: “Amanhã novamente”.
É a vida....
...............................................................................
É de manhã.
Saio pela rua.
Caminhando.
Cantando.
Assobiando.
..........................................................................
O que fazer?
É a vida...


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

SALA VAZIA



SALA VAZIA

sala vazia e escura...




David Iasnogrodski – escritor, engenheiro,administrador – david.ez@terra.com.br






Poucas linhas.
Poucas palavras.
Sem sorrisos.
Nem aplausos.
Silêncio total.
Todos saíram.
Não se falaram.
Gostaram?
Não sei!
Não gostaram?
Também não sei...
Poucas linhas.
Poucas palavras.
Se,m sorrisos.
Nem aplausos.
O que aconteceu?
Ninguém sabe.
Faltou luz.
Faltou som.
Faltou tudo!
Até a motivação.
Tão essencial a qualquer momento.
O que será que aconteceu?
São os dramas que ninguém consegue explicar.
Só se sabe uma coisa:
Faltaram as linhas.
Faltaram as palavras.
Faltaram os sorrisos.
Faltaram os aplausos.
Tudo terminou como iniciou.

Sala vazia.

ALGO DE DAR INVEJA



ALGO DE DAR INVEJA...

David Iasnogrodski – engenheiro, administrador, escritor – david.ez@terra.com.br

respeitar!
Algo de dar inveja a nós todos é observar uma faixa de segurança de pedestres bem pintada e obedecida pelos motoristas, onde a preferência é do pedestre.

Algo de dar inveja é subir e viajar em ônibus limpo, onde o motorista é bastante acessível aos passageiros.

Algo de dar inveja é observar uma cidade bem iluminada e notar sempre que a iluminação se torna ponto de atração turística e também fator de segurança
.
Algo de dar inveja é notar uma cidade movimentada, com alguns congestionamentos, principalmente em dias de chuva, e não notar o “barulho ensurdecedor das buzinas” dos automóveis.

Algo de dar inveja é se chegar num hotel, grande ou pequeno, central ou não muito central e receber dos atendentes, após o preenchimento normal da ficha de entrada, um mapa da cidade, mostrando, principalmente, onde está a localização do hotel e indicar os pontos turísticos na cercania do estabelecimento e indicar como o turista deve “descobrir” o restante da cidade. Se locomovendo a pé, de ônibus, com táxi ou metrô. Sim, metrô...

Algo de dar inveja é notarmos que os transeuntes de uma cidade não jogam detritos no chão, pois sabem que “logo ali adiante” existe recipientes apropriados para este lixo. “Lixo no lixo!!!!”... já ouvi isto em algum lugar!!!!

Algo de dar inveja é a preservação da história, através da preservação dos prédios e da própria história... Isso é cultura!!!

Isto e muito mais é comum acontecer no “dito” primeiro mundo.Nas cidades do primeiro mundo.

Surge uma indagação: Só acontece lá porque é primeiro mundo ou porque existe o costume da população em “bem viver”? Ou ainda melhor, da preservação da imagem e da ajuda ao visitante?
Não podemos esquecer que o turista é aquele representante da indústria sem chaminé. Aquele que traz divisas ao país, estado e município.

É de se pensar e agir coletivamente a respeito destes assuntos.

Só ajudando as cidades é que se consegue crescimento ao país.


Não podemos esquecer que no próximo ano estaremos sediando um grande evento internacional – copa do Mundo de Futebol – e em 2016 as Olimpíadas estarão sendo realizadas no nosso país. Precisamos mostrar aos nossos visitantes o “nosso” Brasil. Brasil que não é mais um terceiro-mundista. Necessitamos demonstrar isso.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

RESPEITAR PARA SER RESPEITADO



RESPEITAR PARA SER RESPEITADO

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, escritor – david.ez@terra.com.br
respeitar para ser respeitado





Aprecio muito os “ditos” ditados populares.
E este é um deles: “respeitar para ser respeitado”.
Vou me referir ao trânsito.
Está existindo no Brasil uma perda ponderável de pessoas em função de acidentes no trânsito.
Nem sempre o condutor do veículo é o responsável direto. Muitas vezes, nós os pedestres, incorremos em falhas grosseiras, principalmente atravessando em lugares impróprios, tanto nas vias urbanas como nas estradas.
Isto não significa que o condutor de um veículo não deva prestar atenção, sempre, com os pedestres. Em diversas oportunidades devemos dar prioridade aos pedestres.

Mas e daí?

Na é esse o assunto que eu desejava desenvolver. É, sim, o “grande” assunto do respeito mútuo junto ao trânsito. Motociclistas, e eu não disse motoqueiros – pois sei muito bem que é um pejorativo -, motoristas de veículos de passeio, coletivos e caminhões. Todos devem se respeitar junto ao nosso “caótico” trânsito. Se isso não acontecer, o caos continuará existindo e piorando... Sim, piorando! Vamos continuar a perder seres humanos. Não podemos esquecer dos ciclistas. Hoje já fazem parte do nosso “caótico” trânsito. Cada dia está aumentando mais o número de ciclistas. Em parte é bom. Em outra parte necessitamos – todos- inclusive os ciclistas nos cuidar e nos respeitar.

E daí?

Bem, deixei por último um “grande” vilão. O “motorista turista” de “otras plagas”. Sim. É um grande vilão. Normalmente, não respeitando a legislação de trânsito vigente em nosso país. Se o trânsito normal já está perigoso, com “eles” nas estradas se torna por demais perigoso.
  Não sou e nunca serei contra os turistas. Serão sempre benvindos, mas que tenham cuidado junto às vias...
Numa estrada ou numa via urbana todos “os astros e estrelas” deste cenário devem se respeitar, para serem respeitados.
Vamos nos ajudar, senão a tragédia só tenderá a piorar. O número de veículos está cada vez maior e esse detalhe, senão tomarmos as devidas providências de ajuda mútua, a tragédia poderá ser uma constante.
A cada final de semana, ou mesmo em dias normais, principalmente nesta época do ano que está chegando, as manchetes dos meios de comunicação estão repletas de notícias trágicas vindas do trânsito.
Somos todos humanos.
Necessitamos nos respeitar para sermos respeitados e valorizados.
Essa é a regra geral.
Em tudo.

Até no trânsito...

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

"COMO VIRÁ?"




“COMO VIRÁ?”
David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br





De helicóptero?
De navio?
De avião?
De carro?
De ônibus?
De trem?
De metrô?
De moto?
De bicicleta?
De bonde?
De “skate”?
Não sei!
De trenó?
Também não  sei...
Só sei que “ele” está chegando.
Está perto.
Em alguns lugares “ele” já está lá!
Até distribuindo balas.
Chocolate e outras guloseimas.
“Ele” está bem pertinho.
Faltam poucos dias para que “ele” chegue em nossa casa. De verdade! Para alegria de toda “criançada”.
O que vai trazer?
Não sei.
Só sei que “todos” esperam com muita ansiedade...
O mais importante é a sua chegada.
De barba branca e comprida, representando a experiência.
Experiência esta que muitas vezes nós não damos a devida importância.
A sua barba branca! Bem branca...
Sinônimo – muitas vezes – de “alguns” anos de utilização de suas idas e vindas para alegria de muitos...
Barba branca e botas pretas...
“Ele” está chegando.
Vindo como?
Não sei.
Sua visita é muito aguardada...
Só sei que “muitos” já estão contando nos dedos: “Faltam “tantos” dias para “esse” dia. O dia da chegada! O dia tão esperado para recebermos o “presentinho”.
O “presentinho” tão esperado.
Muitas vezes só estamos desejosos do seguinte “presentinho”: “Saúde e Felicidade”.
Não é mesmo?
Não importa como venha. Desde que nos traga “saúde, alegria e satisfações”.
Que presentão!
Não importa como “ele” venha...
O importante é que “ele” virá ...


terça-feira, 19 de novembro de 2013

O MAR!





O MAR!

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br



O mar!
Seu barulho.
o mar!
Suas ondas.
Suas ondas e seu barulho.
É uma confusão...
Olhar o mar!
Tranqüilidade!
Verde!
Azul!
Marrom!
Seus peixes.
Diversos tamanhos.
Todos ali.
Com receio do ser humano.
E o humano com receio dos peixes...
Os dois criados no mesmo dia, pelo mesmo criador.
O “grande” criador.
Criador também dos mares.
O mar!
Não importa a hora.
Não importa o turno.
Está ali.
A nos apreciar.
E nós também querendo apreciá-lo.
O mar!
Sua imensidão.
Muitas vezes batendo nos rochedos.
Perdemos de vista.
Lá está o mar!
Onde termina!
Onde começa!
Ao fundo um barco.
Pertinho do horizonte.
Barco com pescadores?
Barco com gente e carga?
Barco com turistas?
Todos a nos olhar.
E nós a perguntar: Quem está lá?
Todos no mar.
O mar!
Sua imensidão.
Seu crepúsculo.
Seu horizonte.
Tudo no mar!
O mar do poeta.
O mar das músicas.
O mar do surfista.
O mar do nadador.
É o mar!

Sempre o mar!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

NUNCA MAIS!!!!!!!!!!



NUNCA MAIS!!!!!!!!!!
David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br











Entrei na estrada.
Que movimento!
Quantidade enorme de veículos! Imensa...
Todos parados.
Abrem as portas.
Motoristas saem do carro.
Passageiros também.
Entram novamente.
Andam “um pouquinho”...
Param novamente.
E assim percorrem 5 km.
Durante 3 horas.
Muito quente. A temperatura externa e a do carro.
O tempo fecha.
Começa a chover.
E forte! Muito forte!
Inicia a caminhada novamente!
Anoitece.
E o congestionamento continua...
Em todas as 4 pistas de rolamento.
Crianças chorando.
Adultos também... De raiva!
E lá ao longe lâmpadas vermelhas em fila.
De todos os carros.
De repente um alívio!
Inicia a caminhada. Desta vez com mais rapidez. Ufa! Todos exclamam!
40 km/h.
Ufa! Mais uma vez. Desta vez de alívio mesmo...
Depois de 7 horas chega-se ao fim. Ao fim da estrada. Ao fim do martírio.
Final do martírio!
Final do combustível.
Paro novamente!
Finalizou o combustível. Que horror!
Sou guinchado.
Até minha casa.
Agradeço.
E digo : “Nunca mais!”
Nunca mais pego a estrada.
Em feriadão!
Em feriado!
Nunca mais!
Nunca mais!
Estou em casa.
Ouvindo que os “outros estão chegando’
Devem também estar pensando como eu: “Estrada em feriadão: Nunca mais...”
Isto foi a volta. A ida nem quero me recordar.
Foi outro tumulto.

Outras horas na estrada...