O poeta das coisas
simples
MARIO QUINTANA |
Rua da Praia que não
tem praia
Tem gente! Muita
gente...
Tem a praça da
Alfândega
Tem as pedrinhas portuguesas
Tinha até cinemas. E
muitos cinemas
Tinha o Café Rihan.
Tem a Feira do Livro.
Na Praça da Alfândega...Nesta praça.
Nesta rua a alguns
anos atrás, numa manhã outonal de sábado vi passar um senhor simples
De cabelos brancos
Fumando um cigarro –
parecendo que estava acompanhado de um “grande” amigo
E era o “seu”
cigarro...De óculos cuja armação era escura
Era ele. Disse-me um
transeunte, também simples
O “poeta das coisas
simples”
Mario Quintana!
Neste 2012. Neste
julho de 2012. Neste 30 de julho de 2012 completaria 106 anos. Aquele senhor.
Aquele poeta que o vi passar. Não falei com ele. Não me conhecia. Mas fiquei a
pensar até hoje: ele é o Mário Quintana. Aquele que disse em certa ocasião: “
Se alguém acha que está escrevendo muito bem, desconfia...O crime perfeito não
deixa vestígios”.
Mário Quintana do
“velho” Correio do Povo e o caderno H
Mário Quintana e sua
“briga” com a Academia Brasileira de Letras
Mário Quintana do
Alegrete
Mário Quintana
adorado por Manuel Bandeira, Carlos Drumonnd de Andrade, Vinicius de Moraes,
Cecília Meirelles e João Cabral de Melo Neto
Mário Quintana disse
no seu Poeminha do Contra:
“Todos esses aí estão/atravancando meu caminho,/eles passarão.../eu
passarinho...”
Quintana, o nosso
Mário, durante a revolução de 1930, liderada pelo gaúcho Getúlio Vargas,
entusiasmado foi para o Rio de Janeiro como voluntário do Sétimo batalhão de
caçadores de Porto Alegre. Seis meses depois regressou para a sua capital Porto
Alegre. A Porto Alegre do hotel Majestic. Situado na Rua da Praia. Sua morada
Inicia-se aí a fase
das traduções dos clássicos franceses e ingleses para a Editora Globo
Balzac, Proust,
Voltaire, Virgínia Wolff, Charles Morgan e Moupassant tiveram suas primeiras
versões no Brasil pelas mãos do nosso poeta maior: Mário de Miranda Quintana
Deixou de lado o
Miranda ficando somente Mário Quintana
Tantos anos sem sua
presença física, mas sempre com sua cultura e sua obra
Disse Quintana: “ um
bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a
gente a ele!”
Mário Quintana,
sempre presente entre nós!
Tchau!
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Neste 30 de julho de
2012 perdi a minha mãe – Anita Iasnogrodski
- que no último 14 de julho de 2012 completou 93 anos.
Foi ao encontro do
seu companheiro de 66 anos – Mauricio Iasnogrodski – meu pai , que faleceu em
16 de fevereiro de 2012 com 97 anos e que completaria 98 anos no dia 15 de
março.
São as coisas...
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“Todos esses aí estão/atravancando meu caminho,/eles passarão.../eu
passarinho...”
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