SHABAT SHALOM!
David Iasnogrodski
–engenheiro, administrador, escritor – david.ez@terra.com.br
Dois termos muito conhecidos.
Shabat em hebraico significa
sábado. É o nome dado ao dia de descanso semanal no judaísmo, sendo observado a
partir do pôr-do-sol da sexta feira até o pôr-do-sol do sábado.
Shalom, em hebraico é traduzido
como paz.
Os dois termos juntos é um
cumprimento, utilizado no shabat. Desejando um bom sábado – “Shabat Shalom”.
Freqüento sinagoga em quase todos
os “shabat”.
Num fevereiro, estando em Israel
com um grupo de gaúchos, participamos de dois shabat: um em Jerusalém e o outro
em Tel Aviv. Realmente no shabat para tudo em Jerusalém.
Na cidade nova e na cidade
antiga.
A chamada “cidade antiga” é uma
área em forma retangular rodeada por uma muralha construída por volta de 1540
pelo sultão otomano Solimão. Oito portões permitem o acesso a essa parte da
capital de Israel. É ali que está o centro histórico e sagrado de Jerusalém.
Está dividida em quatro partes: a judaica, a cristã, a Armênia e a muçulmana.
Em 1981 a UNESCO considerou Patrimônio Mundial da Humanidade a cidade antiga de
Jerusalém e suas muralhas. Esta parte da cidade é habitada por árabes e judeus.
Na cidade nova, a maioria dos habitantes são judeus. A população de Jerusalém
em 1525 era de 4700 pessoas, hoje em dia é de aproximadamente 750 000
habitantes.
Por volta das 16 horas de sexta
feira já é notado pelos turistas um movimento diferente. Todos se dirigindo às
casas e após as Sinagogas.
Assim aconteceu também conosco.
Nos dirigimos a uma sinagoga
reformista para participarmos da cerimônia do recebimento do shabat.
No término das orações nos
cumprimentamos todos com o tradicional Shabat Shalom e então nos dirigimos a pé
ao hotel para realizarmos a tradicional janta de shabat.
Algo fantástico!
Há pessoas que se dirigem a
hotéis, nas sextas feiras, só para realizarem em conjunto com familiares e/ou
amigos ou mesmo sozinhos o jantar de shabat. Inesquecível!
A cidade para. Os elevadores dos
hotéis param, ficando somente um funcionando parando em todos os andares. Tudo para... Voltando à normalidade somente
no término do shabat.
Nos bairros ultra-ortodoxos de
Jerusalém não é permitida nem a entrada de carros durante o período do shabat.
Na outra semana passamos o shabat
em Tel Aviv.
Também o movimento diminui na
tarde de sexta feira, mas não tanto quanto na “mística” Jerusalém – a eterna
capital dos judeus.
Realizamos a cerimônia da espera
do shabat na praia de Tel Aviv. Após realizamos o jantar num hotel. Também ali
observamos um movimento grande de pessoas vindas especialmente para receber o
shabat.
Mas, mesmo não tendo a
observância de parar tudo quanto em Jerusalém, o shabat é respeitado e
observado. O cumprimento entre as pessoas, em todos os momentos, é “shabat
shalom”. Assim como é realizado em todo o mundo...
Que tenhamos todos – sempre - um
shabat de paz. Uma vida com paz!!
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