QUE BRILHO!
David Iasnogrodski –
escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br
Olha a graxa!
Olha a graxa!
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Lá vai ele.
O engraxate e seu equipamento de trabalho.
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Também passamos, muitas vezes, por alguns lugares onde
situam algumas cadeiras fixas dos engraxates.
Em barbearias.
Em praças.
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Tenho respeito por todos os profissionais e por suas
profissões.
Tenho a formação em Engenharia, Administração de Empresas e
Administração Pública.
Mas, com muita honra, também fui um engraxate. Ajudava um
tio meu – o “Tio Chimia”, Samuel Golbert, irmão de minha mãe, que possuía uma engraxataria.
Ali no bairro Caminho do Meio. Na Protásio Alves 385, na frente onde moravam meus
avós – Jaime e Adélia.
Aos sábados à tarde e nas tarde que não tinha muitas tarefas
do colégio eu me dirigia ao local e ali exercia o ato de engraxar e lustrar os
sapatos. Muito aprendi com os “verdadeiros profissionais” do lustro de sapatos.
Volto a dizer: muito aprendi com meu tio e com os “colegas”.
Sim, eles me consideravam colega, mesmo sendo da família do
“dono”.
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A tradição deste profissional de engraxar sapatos remete ao
ano de 1806, quando alguém poliu as botas de um general francês e foi
recompensado com uma moeda.
Por volta de 1877, com a imigração italiana, na cidade de
São Paulo, apareceram os primeiros engraxates. Percorriam a rua com uma pequena
caixa de madeira com suas latas, escovas e outros objetos. Como hoje. As
cadeiras de engraxate, diz a história que foram inventadas por Morris Kohn, em
1890.
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Muita saudade “daqueles bons tempos”.
Dos tempos de “engraxate”.
Da Porto Alegre de outrora.
Da Porto Alegre de outros tempos.
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Olha a graxa!
Olha a.............
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