CUSTO
COMUNITÁRIO
David Iasnogrodski
– escritor, engenheiro, administrador –
david.ez@terra.com.br
www.davidiasnogrodski.blogspot.com
O que é mais fácil: construir ou manter?
Dependendo da
resposta eu vou adiante.
Na minha
concepção é construir.
Poderá ser até
difícil.
Mas com algum
esforço consigo empréstimo e realizo a construção.
Depois, sim,
surge o problema: manutenção.
Manutenção custa
muito caro. E como custa!
Bem, daí, o
problema é dos outros...
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Existem muitas
comunidades que resolvem aumentar suas sedes.
Escolhem uma
diretoria e esta como plataforma de eleição promete a realização da obra.
Ganha a eleição.
Passa o período,
constrói como prometeu e assume nova diretoria.
Muito bem.
Passa o tempo.
Chegam outras
diretorias.
Iniciam os
problemas de manutenção.
E o dinheiro?
Não há.
E aí iniciam os
grandes problemas.
Grandes problemas!
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Existem outras
comunidades.
Maiores.
Várias entidades.
Alguns líderes
resolvem construir novas sedes para estas entidades.
Fazem campanhas.
Angariam fundos.
Surge o dinheiro.
Iniciam as obras.
E estas obras
paralisam no meio.
E aí?
O que fazer?
Novas campanhas.
Surge novamente o
dinheiro.
Terminam as obras.
E depois?
Depois vem a
manutenção.
De quem estão
estas responsabilidades?
Muitas vezes
estas “obras” ficam deterioradas em função da falta de manutenção.
E aí/
Problemas...
Problemas!
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Assim são nos
condomínios.
São pequenas
comunidades...
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Assim é sempre.
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Vamos pensar
sempre no assunto.
Vamos pensar no
amanhã...
O que é melhor:
construir ou manter?
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Claro que o ideal
é o planejamento global.
Construir e
pensando também no amanhã: manutenção.
Mas nem sempre é
esse o pensamento...
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Conheço muitos
exemplos do que estou falando.
Atividades
espetaculares que estão paralisadas ou diminuídas por falta de dinheiro para a
manutenção.
Existem alguns filantropos
que abraçam a causa da iniciativa inicial e após seus sucessores perdem o
interesse de continuar o desembolso e a atividade fica nas “mãos” de toda a
comunidade que não estava preparada para esta continuidade.
É a manutenção...
É a pura
realidade que acontece em muitos lugares.
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O custo
comunitário é alto.
Cada vez mais
alto.
E o poder econômico
de seus integrantes é desproporcional ao custo destas comunidades.
Nem sempre podem
dar continuidade ao “sonho” de alguns em outras oportunidades.
Devemos ter
sempre esse detalhe em mente...
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Vamos pensar duas
vezes antes de iniciar uma construção ou uma atividade nova dentro de uma
comunidade.
Vamos pensar no
amanhã.
Este amanhã não é
muito “longe”...
É logo ali.
Amanhã alguém
deverá dar continuidade e muitas vezes não há o “sonante” necessário e as
atividades que eram interessantes, inteligentes, mas não há como continuar a
sua sobrevivência em face do diminuto sonante em caixa.
Com isso haverá o
desânimo.
Com isso poderá
haver pensamentos que está havendo má vontade na continuidade.
Mas na realidade
é o custo comunitário que cada vez fica mais alto, e o número de pessoas que
pertencem à comunidade permanece o mesmo ou se cresce não é na mesma proporção
do seu custo.
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Ao pensarmos em
construir um prédio vamos ter sempre em mente o seguinte: Será que a “nova e novel”
atividade não pode ser incorporada em imóvel já existente?
Deixo a
interrogação no ar.
Com isso vai
diminuir muito o custo comunitário
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