FAZENDO A MEMÓRIA
FUNCIONAR
David Iasnogrodski –
escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br
Gosto muito de ouvir
rádio. É muito gostoso1
Gosto muito de um
programa veiculado na Rádio Bandeirantes (editado pela Rádio Bandeirantes de
São Paulo) que fala a respeito da memória do rádio. Se “vive” aqueles bons
tempos do rádio. Não que hoje não tenhamos um bom rádio. Hoje é o radio
jornalismo. Naquele tempo era um outro feitio de programação.
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Voltando ao tempo.
Passeando pelo bairro Bom
Fim antigo. Bairro este da cidade de Porto Alegre. Ao sul do “imenso” Brasil.
E o que se nota?
Um bairro repleto de
lojas comerciais. Assim como hoje. Mas sempre também tendo a área residencial.
A Avenida Oswaldo Aranha
continua como continuava a ser o “centro” do comércio. Um comércio de rua.
Tendo sempre como pano de fundo o “pulmão verde da cidade” que é o parque da
Redenção e sua paisagem belíssima.
As construções vão
mudando mas o bairro continua com o ar de “antigamente”: comercial e
residencial.
O que embeleza muito são
as palmeiras na parte central desta Avenida Oswaldo Aranha. Nesta parte antigamente
servia como “corredor dos elétricos (bondes)” e hoje é o “corredor dos ônibus”.
Mas elas, as palmeiras, continuam ali para embelezar a parte central do bairro,
sendo uma das características deste “bom Fim moderno”.
O tempo passa.
O tempo muda.
Mas existem certas partes
de um bairro que nunca devem ser mudadas, para que este não perca suas raízes.
E é isso que acontece com o Bom Fim. Bom Fim de Porto Alegre.
O desenho de suas ruas.
As características de sua
população.
Claro está que as pessoas
não estão mais sentadas junto às calçadas nos finais de tarde se deliciando com
um chimarrão ou falando com os vizinhos, no entanto todos os prédios (modernos
ou não) possuem grades à sua frente. Sinal dos tempos. Sinal de uma mudança:
insegurança urbana.
Viajar no tempo é
salutar.
O tempo passa.
E a memória fica.
Isso é muito bom.
Só para caracterizar essa
viagem vou identificar alguns “negócios” do Bom Fim antigo: Cada Milman, Armazém
Aço Verde, Padaria Três estrelas, Padaria Zoratto, Bazar Carioca, Pisca Bar,
Bar do Aurélio, Zé do Passaporte, Pharmácia Rio Branco, Alfaiataria Gualdi, Bar
João, Bar Bom Fim (Serafim – “o fedor”), Colégio Ruy Barbosa, Cinema Baltimore,
Armazém Internacional, Casa Júlio, Sorveteria do Seu Isaque, Bazar Maria, Casa
Santa Catharina, Barbearia Max.
Muito mudou. É lógico! O
tempo passou. Os negócios mudaram. Os nomes e os ramos mudaram. Mas algumas
características principais ficaram e se enraizaram dentro desse bairro, que é um
ícone junto à capital de todos os gaúchos.
As raízes devem sempre
ser mantidas para termos uma memória. Isso é fundamental.
É a história.
https://www.marciopinho.com.br/peca.asp?ID=4887518&ctd=816&tot=&tipo=&artista=
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