segunda-feira, 22 de abril de 2013

EMUDECIDOS?




EMUDECIDOS?

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br



Grades?

Computadores?

Conversando somente virtualmente?

Bem, tudo isso é a nossa realidade.

Atual.

Muito atual.

Conversamos pouco.

“Vizinhamos” pouco.

Tudo somente através do computador.

Como será o “amanhã”?

Atualmente as crianças que estão realizando o curso fundamental já se apresentam com seu celular e outras até com celular com Internet. Mesmo não estando alfabetizadas...

Tudo bem é o progresso.

É a realidade.

Amanhã estas crianças de hoje serão os profissionais do ensino. Como se comunicarão com seus alunos?

Estes “professores” estarão acostumados com comunicação somente através das “ondas” virtuais. Comunicação à distância! Hoje já temos o ensino à distância, não é verdade?

E assim, creio eu, que os professores do amanhã ensinarão aos seus alunos. Tudo através das “ondas” virtuais.

Seremos mudos?

Nossos lábios ficarão calados?

Não teremos voz?

Necessitaremos de fisioterapia para abrirmos nossos lábios?

Nossa voz estará “escondida”?

Ou teremos somente o som do choro?

Pois este som – o do choro – não será por internet ou outro meio digital. Necessitaremos, ao nascer, mostrar à nossa mãe que temos fome, temos dor, temos frio... E é só através do choro? Não é verdade? Ou até lá será “inventado” outra maneira de nos comunicarmos com nossa genitora?

Será que estou enganado?

Será que o “choro” da fome também será por intermédio das “ondas digitais”? Quem sabe? Do progresso nada se pode dizer não. Tudo está sendo possível... Logo...

Só o tempo dirá...

Ficaremos emudecidos? Para sempre?

Será o mundo do silêncio?

Só o barulho das “buzinas” dos automóveis?

Ou nem isso, pois, já estaremos totalmente acostumados com os congestionamentos das nossas vias urbanas que isso não mais nos perturbará e por consequência não usaremos as buzinas pra esse fim. Será um silêncio total nas vias urbanas...

Só nos restará a música.

Mas esta aprenderemos como?

Também através das “ondas” virtuais e/ou digitais?

Bem, tudo virá a seu tempo.

E depressa...

Como tudo que está acontecendo já nos dias de hoje.


Mas ainda creio que estaremos “emudecidos”.

Até lá...

Hoje, ainda estamos conversando.

Vamos aproveitar e fofocar bastante, pois amanhã... Bem, amanhã não sei...

quinta-feira, 18 de abril de 2013

VAMOS MELHORAR?





VAMOS MELHORAR?

David Isnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


 

Temos que melhorar.

Temos que melhorar imediatamente.

Temos que melhorar imediatamente antes que seja tarde.

Estou me referindo à área de atendimento em serviços no nosso país.

É uma arrogância como tratam a nós – clientes.

Claro que não estou falando da totalidade das organizações. Mas de um elevado número de empresas.

O que está faltando?

Capacitação da equipe de trabalho?

Ou falta de visão dos executivos?

Tratam, na maioria das vezes, nós clientes como se fôssemos elementos estranhos ao negócio.

Devem pensar ao contrário: o cliente, já dizia minha avó – “é a alma do negócio” – ditado antigo, mas sempre válido e presente.

As empresas de telefonia são as campeãs. Não sei se é por problemas de muita reclamação e pouco preparo da equipe ou mesmo equipe muito pequena para a enormidade de problemas advindos, principalmente, da falta de informações ou preparo técnico desta equipe para atendimento dos usuários. Não sei!

A área de serviços no nosso país poderia, e deveria ser pensado de maneira mais eficiente ao tratar seu cliente.

Acredito que melhorando o treinamento e solicitando aos atendentes que se coloquem no lugar daqueles que estão “do outro lado do balcão” ou do outro lado do telefone, muito poderia ser melhorado e com isso a imagem da empresa e a imagem do ramo poderia alcançar melhores índices de credibilidade por parte do atendimento a clientes.

Para isso deveria vir “de cima para baixo” as orientações de melhoria. E aí surge minha dúvida: Desejam?

Bem, isso eu não sei responder. Só sei responder que como cliente não aprecio o atendimento da maioria das empresas do ramo de serviços existentes no nosso país.

Podemos melhorar.

Vamos melhorar?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

VOLTANDO



VOLTANDO


David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

www.davidiasnogrodski.blogspot.com



Estou voltando.

Voltando a escrever.

É um ato que muito me satisfaz.

É um ato que todos nós deveríamos realizar.

É um ato de comunicação.

Toda comunicação é importante.

A falada.

A escrita.

Comunicação é o tom do século XXI.

Claro está que hoje nos comunicamos através da informática.

Tudo é comunicação.

Tudo é o relacionamento com o conhecimento humano.

Todas nossas relações são atos que colocamos em prova nosso conhecimento.

Nossos atos de relacionamento são o que de melhor existe entre os seres humanos.

Claro que muitos preferem atos horripilantes. Atos de desagravo. Atos beligerantes. Infelizmente!

Já não penso assim.

Já não sei ser assim.

Sou do diálogo.

Sou da comunicação.

Creio que assim serei sempre!

Não haverá ninguém que me fará mudar de caminho. Do caminho do diálogo. Do caminho da comunicação.

Caminho do diálogo mas com ação.

Sei que em muitos momentos teremos percalços. Tristeza! Melancolia! Enfim não conseguiremos ao menos de imediato todas nossas ambições e/ou intenções. Mas é preferível esperar um espaço de tempo do que enfrentar com beligerância.

Vamos resolver com calma.

Vamos resolver com comunicação.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O CONSTANTE "GIRO"





O CONSTANTE “GIRO”...

 

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


 

Esporte, novelas, musicais, BBB, programas culturais, entrevistas, jornalismo, filmes, programas infantis, tudo isso e muito mais, fazem parte de uma grade de programação de nossas emissoras de TV.

Tudo para nos satisfazer.

Tudo para nos atrair.

Tudo em função do “mercado”.

É verdade!

“Nós” somos o mercado.

 

As emissoras vivem de audiência. É uma briga constante por essa “audiência”...

Esta audiência é que traz a publicidade. É esta publicidade que faz o sucesso ou o insucesso de uma emissora de TV. De uma organização de comunicação. Todos a procura da qualidade da programação para atrair seu “mercado”. Os anunciantes desejam retorno. Estão pagando para isso... Este retorno é através da presença de clientes em função da audiência.

 

Tudo é uma rede.

Como tudo na vida.

Tudo é uma rede...

 

Assim é no rádio, no jornal e agora, também, na Internet.

Tudo é um negócio.

É a reciprocidade...

Em tudo o mercado é que comanda. E o mercado somos “nós”... Não esqueçam nunca disso!

Somos nós – os clientes – que mandamos. E como mandamos...

 

Que força!

Que força!

 

É a nossa força. é a força da qualidade de consumo.

É o consumo que mantém as organizações.

É o consumo que mantém o mundo.

É o consumo que mantém o mundo das inovações. Inovações tão falada e decantada por todos...

É a constante busca das “coisas novas” é que faz o mundo “girar”. Girar em torno do consumo.

Do consumo das pessoas.

Do “nosso” consumo.

 

Estamos sempre num constante “giro”. Afinal de contas, sempre aprendemos que a Terra é redonda e está sempre girando... Não é verdade? E é este “o giro”. O giro em torno do consumo.

 

Do consumo.

Do consumo...

 

Nestes poucos minutos que vocês pararam para me ler, muito já se inovou. Já houveram alguns giros. Continuam as inovações. Estas não param. Assim o desejamos...

Continua o giro.

O giro do consumo.

O giro mandado e comandado pelo “ser humano”.

E assim vai ser sempre...

 

Girando... girando... gir...

terça-feira, 9 de abril de 2013

AMIGOS, COLEGAS E PARENTES




AMIGOS, COLEGAS E PARENTES

David Iasnogrodski

 

Como todos vocês sabem, pertenço à comunidade judaica.

Perdi meus pais há pouco tempo atrás.

Ele – Mauricio Iasnogrodski, em 16 de fevereiro de 2012.

Ela – Anita Iasnogrodski, em 30 de julho de 2012.

165 dias de diferença entre os dois.

É costume entre os judeus de todo o mundo, depois de transcorrido um certo tempo, inaugurar o túmulo.

 (“descoberta de Matzeiva” – em hebraico)

Este costume de colocar uma “matzeiva” – pedra tumular – remonta aos tempos dos patriarcas. É um ato de respeito pelo falecido. Marcando visivelmente o local do sepultamento, assegurando que os mortos não serão nunca esquecidos e sua sepultura não será profanada. A tradição judaica recomenda que a lápide seja simples, sem nenhuma ostentação.

Por este motivo estou comunicando e convidando aos colegas, amigos e parentes para esta cerimônia religiosa em memória de meus pais – Mauricio e Anita – que será realizada em 5 de maio -(domingo) – às 10h30min. no Cemitério do Centro Israelita Porto Alegrense, situado na Rua Vicente da Fontoura número 315, onde neste ato estaremos inaugurando os túmulos (descoberta das matzeivas) destes entes queridos.
Desde já sou agradecido pela presença.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

"A GUIT SHABES"



“ A GUIT SHABES”



David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

www.davidiasnogrodski.blogspot.com



Falar idisch.

Cantar em idisch.

Ouvir expressões desse dialeto tão simpático é uma glória.

Admiro quem fala, canta... Eu entendo, falo pouco e canto também um “abessale” ( pouquinho)”

Por que isso?

Pois admiro passar num bairro de integrantes judeus de qualquer lugar do mundo e ouvir, ainda hoje, o “sonido” do vocabulário idisch.

É diferente.

É simpático.

É atraente.

Mesmo para os não descendentes de judeus.

Se vocês tiverem a oportunidade de visitar ou mesmo passar por um bairro onde há predominância de judeus, e estes são de idade um pouco avançada, vão notar o “idishkait” ( os costumes, tradições e linguajar deste dialeto alemão).



Muito interessante será quando você passear por um destes locais citados acima e for num sábado ( shabat – shabes), ouvirão muito a expressão “a guit shabes” – significando “um bom sábado” – um dos dias mais sagrados para o judeu. Esta expressão citada é um cumprimento entre as pessoas, ou hoje mais modernamente se ouve muito “shabat shalom” – expressão em hebraico significando que tenhamos um sábado repleto de paz.

Falei no hebraico, pois com a criação do Estado de Israel, em 1948, houve o ressurgimento do hebraico, pois neste país a língua oficial é o hebraico.

O “idisch” é, ainda hoje, falada por judeus em diferentes países do mundo, principalmente na Europa. Mas o hebraico está ocupando um lugar de destaque, em função de que em muitas escolas judaicas espalhadas pelo mundo não se ensina mais o dialeto do alemão e sim a língua oficial do Estado de Israel.

Mas: “red idisch is azoi git” – falar em idisch é muito bom ou ainda “zingen idisch is azoi git” – cantar em idisch é muito bom. Ouvir “piadas” em idisch é muito interessante. Em muitas ocasiões é até difícil de traduzir, pois o “idisch” é o “idisch”...



Sholem Aleichem – um dos grandes autores judeus, teve quase toda a sua obra retratada em idisch. Foi um autor popular da língua “idisch”. Traduzia como poucos o “idisch”... Sholem Aleichem, nasceu na Ucrânia em 18 de fevereiro de 1859. Em 1883, após casar com Olga, decidiu escrever em idisch e não em hebraico. Seu nome real era Shalom Rabinowitz, mas o seu pseudônimo era Sholem Aleichem, cuja tradução do hebraico significa “que a paz esteja convosco”, ou ainda “paz a todos”.



Dizem que ele assinava seus trabalhos com pseudônimo para esconder do pai que desejava muito que o filho escrevesse em hebraico e não em idisch. Escreveu histórias, peças para teatro e muitos poemas.

Em 1905, após um massacre na cidade dele, decidiu emigrar par os Estados Unidos. Lá fixou residência até seu falecimento (em 13 de maio de 1916. Sua imensa popularidade não diminuiu após sua morte, mas podemos dizer que aumentou para além dos aficcionados na língua idisch. Suas obras foram traduzidas para o hebraico, russo e inglês. Suas peças dramáticas e versões de suas histórias foram encenadas nos Estados Unidos, Israel, Rússia, Polônia e muitos outros países de vários continentes.



“Um violinista no telhado” ( “Fiddler on the Roof”) – tão conhecido de muitos – no cinema e no teatro – é um texto de Sholem Aleichem. Mesmo nas versões das diversas línguas onde foi apresentado, há sempre expressões em idisch.. Recentemente teve uma versão realizada em português e apresentada no Rio de Janeiro e em São Paulo.



O “idisch” é interessante em tudo, inclusive na “musicalidade” das suas expressões e na ironia de suas expressões.

Na minha opinião “o idisch vive”!!! E viverá sempre.

No próximo sábado, acredito eu, que vocês vão encontrar alguém que irá cumprimentar vocês com um “a guit shabes” e vocês poderão cumprimentar com “a guit shabes”, “shabat shalom” ou um bom sábado.