terça-feira, 29 de abril de 2014

PEQUENA "LONGA" HISTÓRIA

PEQUENA “LONGA” HISTÓRIA
Tudo inicia em “SHPOLA”.

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


saindo com seu "vapor"



Dia lindo!
Ensolarado!
Frio.
Muito frio. Parecendo frio da Sibéria...
Frio de Shpola.
Cidade pequena.
Muito pequena.
Início do século XX.
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- Filhos é hora de nos reunirmos. Assunto muito importante. Acabo de receber carta do Brasil. Vamos sair daqui. Vamos para o Brasil.
- E o pai que está na guerra?
- É um problema! Vamos esperar mais um pouco. Vou ganhar o “nenê” aqui. E depois pegaremos o “vapor” e iremos para o Brasil. Aqui está muito difícil!
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- “Nenê” já nasceu. Esperamos um pouco mais. Ele vai fazer o segundo ano e o “pai” ainda não chegou da guerra. Maldita guerra! Não gostaria de ir sem “ele”.
- Eu também, disse o “filho” do meio.
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E o tempo passou e finalmente o “pai” chegou da guerra. Duas notícias o esperavam. A chegada do filho e a ida para o Brasil.
- Amanhã pegaremos o “vapor”.
- Já? Exclamou o pai.
- Sim, amanhã. Já estou com as passagens que “eles” mandaram do Brasil.
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Assim chegou a data. Tão aguardada.
Muitos problemas estavam acontecendo, mas a despedida de tudo também não é fácil...
Zarparam com destino ao Brasil.
Viagem longa.
Muito longa.
Mar revolto.
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- Como está sacudindo este “vapor”!
- Tens que agüentar. Estamos “pertinho” do mar. Só tivemos dinheiro para estes lugares. Pertinho do porão! Pertinho do mar... Vamos agüentar! “Lá” estava pior e estava piorando muito! Tudo é para o nosso bem...
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E o tempo “longo” passou!
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- Estamos chegando.
 Chegando no Brasil. Chegando em Porto Alegre. Vai ser difícil, mas não tão difícil como estava lá! Já sabemos dizer um a expressão na nova língua que nos espera...
- Muito obrigado, diz o filho do meio.
- Isso mesmo. Devemos agradecer sempre! A tudo e a todos.
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Porto de Porto Alegre
Desceram no Porto de Porto Alegre.
Alguns cumprimentos.
Logo foram para a Rua Santo Antonio.
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Depois para a Rua Henrique Dias.
Abriram um armazém.
Vida difícil.
Muito difícil.
- Mas não tanto quanto lá, exclamava sempre a mãe!
Os filhos crescendo.
Trabalhando como mascates pelas ruas da “grande” Porto e sempre Alegre.
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Os filhos montaram família.
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Tiveram filhos.
Cresceram.
Trabalhando e estudando.
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Estes filhos tiveram “seus” filhos.
Também estudando e se formando.
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Século XXI.
A terceira geração dos provenientes de Shpola estão aí.
“Curtindo” a Porto Alegre.
“Curtindo” as redes sociais.
“Compartilhando” sua história.
Uma pequena “longa” história.
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Vamos pensar juntos: foi uma vida difícil. Foi uma decisão dolorosa daquela mãe e ainda esperando o “pai” que estava na guerra (primeira guerra mundial). Foram dias “tenebrosos” em função da grande decisão e dar à luz a mais um “nenê”... Imaginem a cena! Cena de cinema...
O imigrante tem sempre sua história.
E nós temos sempre que contá-la e lembrar das suas amarguras, desilusões, decisões e sorrisos.
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Toda história é longa.
Toda história é longa em função dos atos que se seguem.
Toda história é longa porque atravessa gerações.
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E essa é a pequena “longa” história.
Pequena no número de palavras e letras.
Longas pelas gerações que já se passaram e ainda virão.
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Tudo iniciou na Shpola (Pertinho de Kiev).
Cidade pequena e pacata.
Hoje é lembrada no outro lado do mundo. Na Porto Alegre – “sempre” alegre. Situada no Brasil. País “gigante” que esteve e está sempre aberto aos imigrantes.
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Pequena “longa” história, que talvez se aproxime de várias outras pequenas e “longas” histórias. De outros imigrantes. Que também tem sempre suas histórias: pequenas e “longas”.
É o mundo do imigrante...
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Parabéns aos imigrantes.
Parabéns ao país que acolhe tão bem estes imigrantes.
Parabéns à população que acolhe com todo o sorriso este “imigrante” que vem dolorido em sua alma mas com muitos agradecimentos a todos que o acolhem
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- Obrigado! (Disse a mãe e o pai àqueles filhos)
Um obrigado a todos.
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Meus pais foram imigrantes!
Meus pais vieram ao Brasil.
Obrigado por tudo e a todos!
- Obrigado! 


terça-feira, 22 de abril de 2014

NOSSA TRAJETÓRIA!



NOSSA TRAJETÓRIA!

"amanhã deverá ser sempre melhor do que hoje"


David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br




Amanhã.
Hoje.
Ontem.

Ontem é passado.
Hoje é presente.
Amanhã é futuro.

Amanhã, obrigatoriamente, deverá ser melhor do que hoje e ontem.

Vai depender somente de quem?

De nós.
Somente de nós!
Acreditem.

É assim que devemos pensar.
É assim que devemos agir.
Tudo foi realizado em sete dias.
E não será o amanhã que poderá destruir a “maior” obra já realizada.

Fé!
Fé sempre!
Em todos os momentos.
Se tivemos ontem, amanhã deveremos ter mais.
Se temos hoje, amanhã deveremos ter em dobro.

Amanhã.
Ontem.
Hoje.
Sempre!


É a nossa trajetória

APOSENTADORIA OU INATIVIDADE?


APOSENTADORIA OU INATIVIDADE?

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br





Aposentadoria: sim!
Inatividade: não!

É assim que desejamos sempre quando se atinge uma certa idade.
O pior momento, quando se atinge uma determinada idade, é resolver parar.
Parar!
Parar e fazer o que?
Quando parar?
Parar?
Parar nunca... Assim seria o ideal!
Ter a merecida aposentadoria, mas não com a inatividade.
Deve ser sempre bem pensado, e muito bem, o momento da aposentadoria. Já existe até “cursinhos” de preparação.
Não deve ser fácil. Nada fácil esta resolução.
Parar!
Depois de tantos anos realizando suas atividades e de repente, como num passe de mágica, parar.

Parar!
Parar e fazer o que?
Devemos pensar.
Pensar!
Pensar e acordar.
Acordar e fazer o que?

Se planejamos bem, esta mudança não é tão traumática. Em caso negativo precisamos estar preparados. Bem preparados!
Preparados para a mudança. Estou, neste momento, pensando.

Pensando e planejando.
Planejando e me preparando.
Para quando?
Ainda não sei.
Mas preciso me preparar.
Preparar a mente!
Preparar o corpo!
Preparar as atitudes!
Preparar, planejar e pensar para parar...
Não podemos ficar na inatividade. Não faz bem a ninguém.

Não consigo pensar que existem pessoas na completa inatividade. Antes, ainda, de uma aposentadoria. Sabemos que há dificuldade de empregos. Dificuldade de trabalho. Mas precisamos “batalhar”! “Batalhar” bastante, para que a ociosidade e o acomodamento não tome conta “ de nosso corpo”. Deve ser horrível!
Mas existe!
O importante é chegarmos a um ponto da vida e termos nossa “merecida” aposentadoria, mas sem o acompanhamento da palavra “inatividade”.

Não faz parte do ser humano!
É a minha “modesta” opinião...

E vocês o que acham?
Alguns de vocês podem já estar aposentados. Mas não inativos, não é a verdade?
Vocês que já possuem a sua aposentadoria, pergunto: “ Como estão se sentindo?”
Espero as respostas...

E breve!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

RECORDAR É VIVER

RECORDAR É VIVER

David Iasnogrodski

Grupo Nearim de  música judaica.
O meu grupo! 

(Da esq. para a direita) Moti Meier, Abrão Jablonka, Beth Plavnik, David Iasnogrodski e Betão Grobocopatel
outra imagem do grupo Nearim






Tudo em Porto Alegre 

bons tempos!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

FIGURAS DO COTIDIANO




FIGURAS DO COTIDIANO


David Iasnogrodski – engenheiro, administrador, escritor – david.ez@terra.com.br 


Em todos os lugares por onde andamos há sempre figuras que nos chamam a atenção. Por sua indumentária. Por gestos. Por atitudes ou por outras características.

Acredito que vocês todos conhecem estas figuras. Muitas delas, inclusive, já foram até personagens de histórias, fotografadas por fotógrafos ilustres, conteúdo de reportagens da imprensa ou mesmo citadas ou representadas em filmes.

 Em todos os lugares do mundo há sempre estas figuras ilustres. São pessoas que realmente não saem da nossa lembrança.

Um dia destes caminhando, como faço comumente na “Praça da Encol”, na Bela Vista, em Porto Alegre, me deparo com uma destas figuras que eu denomino de “apreciador de tango”. Trata-se de um senhor, com seus cabelos grisalhos junto ao seu Fiat, onde o som alto do ótimo tango está sempre presente. Dentro do seu veículo ele fica apreciando a música portenha.

Se observarmos atentamente ele está sempre motivado. Com sorriso nos lábios. Apreciando o tango... o “choro do tango e seu tradicional bandoneon”. Mostra aos transeuntes, como eu, a importância do seu “hobby” – apreciar o tango. Todos os caminhantes observam esta “figura ilustre”. Uma das tantas figuras que nos chamam atenção.

Creio que, talvez, muitos de nós também somos observados em função das nossas características. É a observação humana frente as figuras “ilustres” que nos rodeiam. São os “ilustres” conhecidos do nosso cotidiano