terça-feira, 31 de janeiro de 2012

CRESCER




CRESCER

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br




Crescer para que?

Para sobreviver?

Para viver?

Para sofrer?

Para que?



Muitos, como eu, devem estar pensando neste assunto. Ao olharmos a TV notamos que muitas vezes não adianta crescer (nem fisicamente...), pois observamos a incompreensão de muitos ou a corrupção de outros. Tudo isso em função da realidade em que vivemos. E que realidade!



Cada vez mais notamos que há impeditivos para o crescimento do ser humano. O financeiro, normalmente, é um grande impeditivo. Outro é a inveja. É verdade!

Em pleno século XXI, a inveja continua sendo um fator de grande impedimento para o crescimento. O cultural e o social também são fatores que redundam em negatividade para o crescimento natural do ser humano.



O que fazer?

Digo para mim mesmo: excelente pergunta.

Onde está a resposta?

Onde procurar a resposta?



Sob minha ótica é procurar sempre, tentar, sair destes empecilhos.
 Procurar ultrapassar estas barreiras nefastas a todos nós. Procurar crescer! Sem ferir a ética.

Sim, a ética. Ética acima de tudo e sempre! Sei que muitos não pensam e nem agem com este pensamento. Pensam, isso sim, em crescer a qualquer custo e a qualquer preço...

Não pertencem ao meu “time”...

Posso perder... mas não perco a ética. Não perco a honestidade. Não perco a minha personalidade e nem o meu nome.

Falando em nome: é o único bem patrimonial que possuímos e não fomos nós que o escolhemos.



Pensaram neste assunto?



É um bem que fomos obsequiados e nos pertence. E se nos pertence devemos honrá-lo com altivez, em função das pessoas que nos obsequiaram – nossos pais. Nossos amigos leais. Pensando neles, devemos pensar na ética. Pensando “nesta” ética podemos pensar neste crescimento.



Crescer com ética! Não é fácil...

Por tudo isso me pergunto: porque a inveja?

Porque não podemos crescer naturalmente?


Se tivermos capacidade, devemos crescer naturalmente.

Mas não é esta a realidade...

Infelizmente!!!


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

VALOR DA INTERNET




VALOR DA INTERNET

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br



Vocês ainda se encontram em férias?

Pergunto assim pois a maravilha da Internet nos possibilita que mesmo em férias possamos estar atentos ao mundo.

Mundo dos negócios.

Mundo das notícias.

Mundo do esporte.

Mundo da cultura.

Mundo das fofocas...

Mundo...

É o valor da Internet.

Alguns em férias preferem se “afastar” do mundo.

Hoje em dia, como estamos em plena era da globalização, isto é um pouco difícil.

Mas acontece...

Afinal de contas necessitamos estar sempre bem informado, mesmo em férias da rotina diária. Da rotina diária...

Claro está que os meses preferidos para gozarmos as merecidas férias, ao menos aqui no sul deste imenso Brasil, é o período do verão. Do tórrido verão sulino. Cada vez mais tórrido!

Mas mesmo assim, creio eu, que a maioria fica ligado nas informações.
Sempre junto ao seu aparelho telefônico celular. Telefônico?

O que menos os modernos aparelhos celulares (em Portugal telemóvel) fazem é a utilização da telefonia. Vieram para isso, mas o modernismo os modificou.

Hoje em dia eles fazem parte da nossa rotina, mesmo estando os “felizes proprietários destes aparelhos” em férias.

Aos que estão em férias: Continuem aproveitando. Cada um à sua maneira!

Aos que estão, ainda, na rotina: Boa rotina e até as férias.

Aos que estão entrando em férias: Boas férias!

Não esqueçam, estamos no século das comunicações.

Não importa a época do ano.

Não importa a nossa rotina.

Só necessitamos nos lembrar do seguinte: Não beba antes de dirigir. Obedeçam as velocidades preconizadas pelo Código Nacional de Trânsito.

Isto tudo está como lembrete também na Internet.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

FILHO SEMPRE!



FILHO SEMPRE!

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

Blog:  davidiasnogrodski.blogspot.com




O cenário é uma das estradas na volta do litoral norte do Rio Grande do Sul.

Um congestionamento espetacular!

É o “para e anda...”

Para e anda...

Domingo 18 horas.

Sol a pico.

Horário de verão.

Todos voltando “bronzeados”.

Os quase 80 000 veículos que foram ao litoral naquele final de semana resolveram voltar quase todos  no mesmo horário.

Tudo para aproveitar ao máximo o final de semana. Chegaram na sexta à noite e saindo na “tardinha” do domingo.

Uns com veículo lotado. Outros nem tanto. Mas todos no “para e anda...”

Num desses veículos estava uma família. O “chefão” dirigindo o “bólido”. A esposa no banco do “carona” como copiloto servindo comida e bebida aos integrantes da delegação. No banco traseiro, sentadinho numa cadeira especial como recomenda a legislação vigente um filhinho. Este menino muito falante vinha empolgando a dupla com suas perguntas e respostas.

- Ainda bem que ele não está incomodando, diz o motorista, pois eu já estou cansado, suado e de s...cheio.

- É verdade, diz a mãe.

E o filhinho continua contando suas “lorotas”, cantando, comendo, bebendo. Se divertindo. Num dado momento a mãe olha para o menino e faz uma pergunta:

- Cidinho, o que tu gostarias de ser quando for grande, assim como o papai?

- Vou pensar, diz o Cidinho

E logo em seguida veio a resposta. Rápida e em voz alta.

- Ora bolas, vou querer ser “sempre filho”

- Como é que é, diz a mãe.

- Sim, sempre filho, nada de outras coisas.

Alguns segundo os dois adultos ficaram quietos. Estupefatos. Pensando na resposta.

................................

“Filho sempre”!

Que resposta!

Pode ser uma grande tese de mestrado em psicologia. Poderá ser...

“Filho sempre”!

.................................

Boa resposta

Somos todos “sempre filhos”. Em todos os momentos. Não adianta nada. Não adianta alguns negarem... Será que existe este negativismo?

................................

Cidinho nos deu uma grande lição em meio a um grande congestionamento de volta da praia.

Nem só de “para e anda” vive a vida.

Também de pensamentos infantis e com grande profundidade.

“Filho sempre”!

Para e anda...

Para e anda...

.....................................

No final o casal disse ao filho:

- Parabéns pela lição! “Filho sempre”. Será “sempre filho”. Nosso filho!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BAR MITZVÁH!


BAR MITZVÁH!
MUITAS VEZES UMA CURIOSIDADE...


David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


Você já comemorou seu “barmitzváh”?
Não lembra?
Não sabe o que é?
Porque fazer?
Perguntas e mais perguntas...
Comemorar o “barmitzváh” é um marco para todo “homem” integrante da comunidade judaica.
Porque?
É o atingir a maioridade judaica.
Como?

Bem, explico. Ao nascermos e sendo filho de casal pertencente à comunidade judaica, existem dois marcos importantes: os primeiros sete dias, após o nascimento, este filho realiza a circuncisão ( “brith milah”) e ao completar 13 anos de idade atinge a maioridade judaica – é o “barmitzváh”.

É uma festa linda.
É um estudo muito interessante que passa esse jovem junto à sua sinagoga. É preparado pelo Rabino ou um orientador religioso, onde o principal é que este jovem é apresentado à comunidade judaica. A partir daquele momento “este” menino passa ter todos os direitos e deveres junto à religião judaica.
Nesta cerimônia ele lê uma parte da Torah ( os livros sagrados). Parte esta que é lida para aquele dia da comemoração, pois a Torah é lida anualmente. Todas as semanas tem uma porção especial – a porção semanal da Torah.
É uma comemoração inesquecível para toda a família.

Cada um realiza a festa de acordo com as suas posses.

O importante é o estudo preliminar para se apresentar junto à sinagoga.
Este é o importante.
Este é o marco.
Eu, por exemplo, não tive festa em comemoração aos meus 13 anos. Não tínhamos condições financeiras. Só estive estudando para as preces junto à sinagoga.
Foi emocionante. Me recordo até hoje...
Já para meu filho foi diferente.
Fizemos um esforço danado, mas ele teve festa tradicional e a parte religiosa realizada junto à sinagoga.

Acredito que muitos de vocês já viram no YOU TUBE, em filmes, ou mesmo já participaram como convidados ou convivas de festas de Barmitzváh. É uma comemoração muito alegre.
Durante o tempo todo se dança. Se canta. É uma comemoração que pode ser realizada no sábado pela manhã ou no pôr-do-sol do sábado. Mas tudo inicia, normalmente, na quinta-feira ( bem cedinho). Continua na sexta feira ( esperando o “shabat” – sábado). E culmina no sábado. Todas na sinagoga.
Ah! Barmitzváh...



Muitas recordações eu tenho do meu barmitzváh. Do barmitzváh do meu filho. Sobrinhos e de filhos de amigos.
As meninas atingem a maioridade judaica ao completarem 12 anos.É a celebração do Barmizvah.
São comemorações semelhantes a dos meninos.
Claro, que as comemorações dos meninos são mais antigas. Mais tradicionais. A das meninas são mais modernas.

Tudo para dizer a vocês o seguinte: é bom manter as tradições.
Tradição é ótimo.
Cultuar uma religião e suas tradições é muito salutar.
Bom para o espírito.
Bom para tudo... Até para a cultura.

Sempre digo que o Rio Grande do Sul é diferenciado em tudo: politização e outras “cositas” mais. Principalmente pelo cultuar de suas tradições.
O MTG ( Movimento Tradicionalista Gaúcho) é algo que enobrece a todos nós.
Atravessa fronteiras.
Isso é um diferencial...
E que diferencial!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"ANJINHOS" DE HOJE E O MEIO AMBIENTE



"Anjinhos" de hoje e o meio ambiente

 

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br



Nada mais lindo do que a alegria e a ingenuidade de uma criança. Hoje em dia, com o mundo tão mudado, em função das inovações constantes que ocorrem em todos os setores, nota-se que até as crianças estão mudando seus hábitos.

Não brincam mais de “5 Marias”, “bilboquê”. Não jogam bola de meia na rua; não brincam com bolinhas de gude; não jogam “sapata”, e tantos outros brinquedos saudáveis que existiam... Sim! Existiam...

Até os brinquedos industrializados são diferentes. E como são diferentes... Hoje em dia é muito comum observarmos nos parques crianças com dois anos de idade “brincando” com telefone celular. É o aparelho que o papai ou a mamãe trocaram por um mais moderno... É o tempo de hoje!



São os “tempos modernos”, não criados por Charles Chaplin, mas os nossos. Os tempos do século XXI. Isso me leva a mostrar um diálogo interessante entre o Tiago e o Dinho, amiguinhos de quatro anos de idade:



- Dinho, tu gostas de plantar?



- Plantar? Claro que gosto. Vejo muito os filmes no computador do papai. Ele me mostra tudo...

- Eu também. Mas eu também vejo a vizinha da mamãe mexer muito nos vasos lá do corredor do meu edifício. Plantar deve ser legal! É um bom brinquedo para a gente fazer...

- Acredito. Sabes por quê?



- Não.

- Vou te explicar. Aprendi isso vendo nos desenhos da TV e também com a professora do colégio que tudo que a gente planta nasce e fica grande. Eu vi na TV que as árvores eram pequenas como nós e depois de plantadas elas crescem e ficam bem grandes... Hoje elas são grandes...

- É verdade!



- Vamos brincar de plantar?



- Mexer na terra? Que legal!



- Sim. Na terra. Lá nos vasos da vizinha. Ela é amiga de todos. Não vai ter problema. É muito amiga da mamãe.

Passados alguns dias...

- Dinho, vamos fazer a nossa brincadeira de plantar? - Falando no telefone celular com seu amigo Tiago.

- Vamos! - Responde o amiguinho, também num telefone celular.

- Já sabes o que vamos plantar?



- Eu pensei muito... Gostaria de falar contigo, pois é melhor a gente brincar e discutir nossas plantações “em grupo”. Também aprendi isso vendo TV.

Reuniram-se no final de semana, junto ao computador do Dinho. Depois de um joguinho, falaram a respeito da plantação.

- Eu penso que nós poderíamos plantar carros.

- Carros? Carro não é planta.

- E daí? Tudo que a gente planta cresce. Assim eu aprendi.

- Mas não é só planta e fruta?



- Não. Tudo!!!



- Bem, se tu sabes, vamos logo brincar de plantar... Por que carro e não telefone? Por que não plantar livrinhos de história? Por que não plantar outra coisa que a gente brinca?



- Eu acho melhor a gente plantar carro, pois a gente tem bastante carrinho de brinquedo, não é verdade? Lembras daqueles que a gente ganhou no último Natal? Muitos a gente nem brinca mais. Eu sempre gostei das garagens que a gente fazia. Era legal! Plantando toyotinhaa gente vai ter carro grande como Toyotado papai. Que achas da idéia?



- Bah! Idéia genial.

- Vamos brincar de plantar carros?



- Sim...

E assim foram os dois “anjinhos” ao local. Pegaram vasos, terra e os carrinhos toyotinha Colocaram um deles junto à terra, afundaram o carrinho, regaram com bastante água, e disseram bem alto para que todos pudessem ouvir:



- Dentro de algum tempo teremos o nosso "carrão”, igualzinho ao do papai. Como é bom plantar...

É o pensamento de meio ambiente junto às crianças de hoje...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

INÍCIO E FIM




INÍCIO E FIM

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

Blog:  davidiasnogrodski.blogspot.com



Final de tarde.

De uma tarde quente de verão.

O cenário é uma praça.

Praça com bancos, gangorra, balanço, caixa de areia e até lugar para os “cãezinhos” se deliciarem com suas brincadeiras com bola.

Tudo no final da tarde.

Praça cheia.

Muitos caminhando.

Outros correndo.

Todos se exercitando.

Era final de tarde.

Final de expediente.

O empresário, o estudante, o médico e as crianças.

Todos na praça.

E lá vem eles.

Quem?

O início e o fim.

Sim! O início e o fim.

Estão no meio dos caminhantes.

Um com sua mamadeira.

O outro olhando as pessoas.

Um de gorrinho na cabeça.

O outro com boné do seu time de preferência.

Um sem sapato em função do calor.

O outro com sandálias.

Um sendo empurrado pela mãe.

O outro sendo empurrado pela “cuidadora”.

Andando lado a lado.

Um olhando o outro...

Lá vem eles.

Muitos dos caminhantes, corredores ou passeadores ficam a olhá-los.

E eles pensativos nos seus “pensamentos”.

Um “olhando” o futuro.

O outro “olhando” o passado.

Como será o amanhã? Deve ser as indagações dos dois.

Os dois “preocupados”: Afinal de contas tudo é preocupação. Em qualquer momento de nossa existência.

Um perto de completar seu primeiro ano de existência.

O outro, atravessando mais de nove décadas, em baixo astral “a pensar com seus botões”.

Os dois com seus “veículos”.

Um com o “carrinho”. Carrinho com rodas pequenas. Carrinho de criança.

O outro com a “cadeira”. Cadeira de rodas, com rodas maiores do que a do carrinho de criança.

Um no início de tudo.

O outro pensando nos “finalmente”, apesar de toda a longevidade...

Os dois no final da tarde.

Os dois juntos.

Os dois a se olharem.

Os dois pensativos.

São as “retas” da vida.

Um no início.

Outro nos “finalmente”

Os dois com muita vontade. Vontade de viver...

Os dois no mesmo cenário.

Os dois na praça.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CALOR OU FRIO?



CALOR OU FRIO?



David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

Blog:  davidiasnogrodski.blogspot.com




O que é melhor para o turista?

Já sou do time que o clima frio é o melhor...

Sei que muitos de vocês vão me contrariar. Preferem o calor. Praia. Pouca roupa. Bronzeamento – mas com muito protetor solar...

Eu não! Prefiro o frio.

Muita roupa e de preferência ver, tocar, sentir a neve. Algo fantástico!

“ O que seria do vermelho, se todos gostassem do azul...” Não é apura verdade?

Assim é tudo.

Existem turistas para tudo.

Existem paisagens para todos os gostos.

Existem momentos para todos.

Não somos iguais.



Calor ou frio?



São as escolhas de todos nós.

É o que eu digo sempre: estamos no verão. No hemisfério norte é inverno. Lá está o frio.

Aqui está o calor. “Os de lá” vem para cá e muitos de nós vão para lá... É o deslocamento natural do turista.

Agora é época de férias. No hemisfério sul. No Brasil.

Que mar!!!!
Muitos estão se deliciando com o nosso mar. O mar gelado do Rio Grande do Sul. Alguns estão indo para o vizinho Santa Catarina, onde o mar é muito melhor que o do Rio Grande do Sul... Inclusive, também , se deliciando com suas águas termais, mesmo sendo verão...

Outros estão se deslocando para a “cidade maravilhosa”, sempre maravilhosa apesar dos “pesares”... Outros, ainda, estão voando para o nordeste brasileiro que é lindíssimo.

É lindo!!!!



O frio também é disputado por muitos nesta época do ano. Se deslocam para o hemisfério norte. Lá tem o frio e às vezes até a tão esperada neve. Lá é baixa estação. Um pouco mais em conta para o “bolso”.

Tudo vai ao gosto e também das possibilidades do turista.

Sempre é acompanhada da pergunta?



Calor ou frio?



A vocês todos boa viagem. Não importa para onde. O importante é aproveitar ao máximo.
Tudo é cultura.

Não esqueçam: logo em seguida inicia tudo novamente.

As férias passam tão rapidamente.

Concordam comigo?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

"ONDA VAI, ONDA VEM..."



“ONDA VAI, ONDA VEM...”

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

Blog:  davidiasnogrodski.blogspot.com

“Fico a pensar com meus botões...”

Horas a fio.

Tudo na frente do mar.

E ela vai.

E ela vem.

A onda...

Sentado na cadeira junto à areia fofa do mar.

Olho o horizonte.

Que coisa bela! Azul o u verde?

A onda vai.

A onda vem.

Lá adiante o surfista. Solitário com seus equipamentos...

E eu a pensar.

“Pensar com meus botões...”

As horas vão passando.

Horas, minutos e segundos.

O sol se pondo.

A lua aparecendo. Quarto Crescente!

E eu a olhar o horizonte.

A onda vai.

A onda vem.

Minha cadeira volta e meia fica atolada na areia.

Levanto-me.

Retiro o atolamento.

Volto a sentar.

Volto a pensar.

Volto a olhar o horizonte.

Que lindo!

Que lindo!

Ao longe, bem ao longe surge um navio.

- Deve ser um pesqueiro. Diz o vizinho em voz alta.

E eu a olhar.

E eu a pensar.

A onda vai.

A onda vem.

O clima está ótimo. Não muito calor. Sem vento.

- Bem, na beira do mar tudo é bom. Diz o vizinho em alto tom.

E eu a pensar.

E eu a olhar.

O sol já foi. Já faz alguns minutos.

Já é noite. A lua iluminando o mar.

Que lindo!

Levanto-me.

Retiro a cadeira.

Volto para casa.

Volto pensativo.

Vem-me a letra da música: “Tristeza não tem fim, felicidade sim...”

É a pura verdade, “penso com meus botões”.

Volto assobiando a música...

É o clima do mar.

Onda vai.

Onda vem...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

IDISCH IZ AZÓI GIT


“IDISCH IZ AZÓI GIT”
Leitor de jornal na língua "idisch'
(idisch é muito bom)

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador
david.ez@terra.com.br       blog;  davidiasnogrodski.blogspot.com

Ontem depois da caminhada final  de tarde fui no supermercado.
Na fila do caixa encontro um amigo da época de adolescência.
Hoje ele é médico. Psiquiatra. Bem sucedido. Alberto Stein é o seu nome.
Conversa vai. Conversa vem. Eu disse a ele algumas  expressões em “idisch” ( dialeto do alemão falado muito pelos judeus europeus). E ele me perguntou;
- Falas “idisch”?
E eu respondi: “Um pouco”. Disse a ele que quando  visitei a Alemanha e Áustria tive a oportunidade de me relacionar através do “idisch”. E disse a ele que onde estou sempre encontro alguém que se comunica em “idisch”.
E ele lamentou que não aprendeu o “idisch”. A língua dos nossos “zeides e bobes” (avós) e também de muitos de nossos pais.
Eu, o pouco que sei e que ainda sei... devo aos meus pais e avós. Eles, os avós, só se comunicavam em “idisch”. Tiveram muita dificuldade com o português. Eram imigrantes.
No colégio aprendi um pouco de “idisch” – nos primeiros anos do primário, além do latim, francês, inglês e hebraico. Eram outros tempos...
Tenho muita dificuldade em aprender línguas. Comunico-me bem com o espanhol. Aprendi falando... Recentemente tive aulas.
O “idisch” tem um “tchan” de especial.
Sua “musicalidade” é interessantíssima. As piadas contadas na língua “idisch” têm um ar muito engraçado.... As traduções são difíceis. Não ficam com o mesmo entusiasmo... Admiro muito quem sabe ler o “idisch”. Existiam muitos jornais na língua “idisch”.
Quando estava em Berlim e encontrei alguns judeus na Sinagoga e com eles mantive um bom diálogo em “idisch” ficaram muito emocionados. Na sabiam que ainda existisse pessoas no Brasil que falavam o idisch “. Eu disse que assim como eu ainda possuem pessoas que em função da sua educação familiar falavam este dialeto.
É um dialeto que está sumindo, principalmente em função da subida do hebraico.
Em Buenos Aires encontramos muitos integrantes da comunidade judaica que se comunicam em “idisch” assim como em Nova York.
Em São Paulo, como é a maior comunidade judaica do Brasil, encontramos muitos que falam o “idisch”.
Em Israel já é mais difícil. Encontramos integrantes dos imigrantes russos que falam o “idisch”. O restante só o hebraico que é a língua oficial do país.
“Idisch”.
“Idisch”.
Não se pode esquecer de Sholem Aleichem e tantos outros escritores e teatrólogos que nos deixaram um legado muito interessante a respeito do “idisch”. Eu continuo dizendo: “Idisch iz azoi git” (o “idisch” é muito bom).
Tomara que nunca termine, mas como está diminuindo o número de pessoas interessadas entendedores deste dialeto, creio que em breve tempo ele desaparecerá. Tomara que não!!!
Admiro quem entende, fala, escreve e se comunica em vários idiomas. Isso é cultura.
Todo esse texto foi em função da minha caminhada de final de tarde e depois a minha ida num supermercado e encontrar um amigo da adolescência na fila do caixa.
Supermercado: local de conversa. Não é um local somente de consumo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

TUDO DE NOVO!



TUDO DE NOVO!


David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br
Blog:  davidiasnogrodski.blogspot.com
Passou o Natal.
Passou a tão esperada entrada do novo ano.
Dias com 24 horas.
Trabalho.
Rotina.
Uns gozando as merecidas férias.
Outros pensando nas férias que tem direito, mas ainda não chegou a época...

E outros, ainda, pensando nas “loucuras” das estradas em função dos finais de semana onde ocorreram o Natal e a chegada do Ano Novo.
Agente escrevendo para “sites”, como eu, sabemos que nossas palavras estão no mundo. Que coisa boa!!! Que coisa boa é poder sentir esta interatividade global!
Em função disso surge a indagação: “Será que em outros lugares deste planeta as pessoas se “jogam” tanto nas estradas como aqui no Brasil em função dos finais de semana, prolongados ou não”? Dúvida!!!
Ouvimos pelo rádio ou vimos pela televisão que os congestionamentos, ao menos aqui no Sul do Brasil, tiveram momentos com mais de 30 km de lentidão em diversos locais. Absurdo!!! Crianças chorando. Idosos resmungando e os carros parados ou quase parando...
Eu sei que nossas vias ou estradas não foram realizadas, idealizadas ou planejadas para receberem o trânsito atual. Eu sei! Sei de tudo! Muita gente também sabe, mas até agora não fizeram nada para solucionar...
O número de veículos aumentou consideravelmente nos últimos anos e as nossas estradas e vias urbanas não acompanharam esse crescimento.
O que vamos fazer?
Nada.
Esperar.
Aguentar.
Observar o que vai acontecer.
Continuar a circular com nossos veículos por essas estradas. Já chamaram, outrora, nossos veículos de “carroças”. Eles melhoraram consideravelmente. Já são veículos ao gosto mundial.
 Mas nossas estradas
continuam as mesmas desde os tempos das “carroças”... Não é verdade?
Vamos aguardar.
Tomar cuidado para diminuir o número de acidentes e de acidentados.
No próximo final de semana, eu sei, tudo de novo!!!
Todos à estrada. Mas com cuidado...
 Respeitando a sinalização.
Não correr além dos limites permitidos.
Todos ao congestionamento...
E depois?
Depois é a volta...
E tudo de novo!!!
........................................................................
A todos um excelente 2012.
Alguns dias e horas já se passaram, mas ainda é o período novo.
Ano novo!
Vida nova!
..........................................................................
Agradeço as mensagens recebidas alusivas ao início de mais um ano novo.
Saúde, paz, amor e que todos os sonhos possam ser realizados.
Abraço a todos.



OUTROS TEMPOS



OUTROS TEMPOS

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador

david.ez@terra.com.br    blog: davidiasnogrodski.blogspot.com





Tempo da dificuldade de conseguir um telefone.
Sim, e que dificuldade.
Esperar numa fila enorme junto à Companhia Telefônica.
Quando conseguíamos era uma festa... E o valor da aquisição era grande... Muito grande. O famoso aparelho preto de disco. O “pretão” chamado por muitos.
Tempo de poucos automóveis nas ruas.
Quem possuía era muito “notado”. Principalmente os jovens.
Pensando exatamente neste assunto encontrei um dia destes um colega de cursinho pré-vestibular. O IPU- Instituto Pré  Universitário. Encontrei numa das minhas caminhadas o Hamilton Mancuso Jr.
Tínhamos aula à noite. No centro da cidade. No centro de Porto Alegre. Na Rua Uruguai. Década de 60. Ficamos a lembrar dos tempos das nossas aulas no “cursinho”.
Recordamos que numa certa noite pedimos permissão ao professor ( sim, pedimos permissão ao professor) para nos retirar mais cedo para assistirmos a um filme muito famoso que estava sendo exibido no cinema Imperial: Filme dos Beatles. Era numa sexta feira. Não esqueçam: década de 60.
O professor nos permitiu sair de aula. Filme dos Beatles!!
Saímos encantados do cinema com a música interpretada pelo grupo inglês.
Na volta ele me deu uma carona no seu “flamante” Karmann Guia verde. Ele possuía carro! Todos os colegas gostavam da sua carona. Era um veículo que chamava muita atenção. Principalmente pelo seu “design” moderno. Até nos dias de hoje chamaria sua atenção pela beleza de suas linhas. Ele levava de carona um por dia. O veículo era pequeno. Só para duas pessoas. E a gente se deliciava, pois a maioria, como eu, s e deslocava para as aulas de bonde.
Eram outros tempos.
Tempos de pedir permissão para sair de aula de um “cursinho” pré-vestibular para assistir um filme.
Igual a hoje?
Claro que não...
Hoje a juventude não conhece o “pretão”.
Hoje a juventude tem seu carro próprio.
Hoje a juventude não pede permissão para sair de aula. Mas esta juventude de hoje ainda pensa e ouve os Beatles, assim como assiste “shows” com ex-integrantes deste fabuloso grupo vocal e instrumental.
Outros tempos.
Outros caminhos.
Outros modos de pensar e agir.
Outra realidade.
Mas nossa amizade e coleguismo, apesar das mudanças da sociedade continua a mesma. Somente alguns poucos fios de cabelo esbranquiçados é que mostra nossa mudança. Apesar disso continuamos os mesmos: colegas e amigos.

Eram outros tempos.

Tempos de pedir permissão para sair de aula de um “cursinho” pré-vestibular para assistir um filme.

Igual a hoje?

Claro que não...

Hoje a juventude não conhece o “pretão”.

Hoje a juventude tem seu carro próprio.

Hoje a juventude não pede permissão para sair de aula. Mas esta juventude de hoje ainda pensa e ouve os Beatles, assim como assiste “shows” com ex-integrantes deste fabuloso grupo vocal e instrumental.

Outros tempos.

Outros caminhos.

Outros modos de pensar e agir.

Outra realidade.

Mas nossa amizade e coleguismo, apesar das mudanças da sociedade continua a mesma. Somente alguns poucos fios de cabelo esbranquiçados é que mostra nossa mudança. Apesar disso continuamos os mesmos: colegas e amigos.