sexta-feira, 30 de março de 2012

CRIANÇA, CRIANÇA, CRIAN...


CRIANÇA, CRIANÇA, CRIAN...





David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br






“Criança feliz,

Feliz a cantar,

Alegre embalar,

Seu sonho infantil...”



Ouvi pela primeira vez esta música através do “Rei da Voz”: Francisco Alves.

Ao pensar nisso, chego à conclusão que minha idade está avançando, pois muitos de vocês não conhecem nem a música e muito menos o cantor Francisco Alves, que faleceu num acidente automobilístico.

Não vou falar da minha idade.

Não vou falar do cantor.

Mas vou falar, isso sim, sobre criança.

Tenho idade e cabelos iniciando a ficar branco, mas me sinto uma criança.

Acredito piamente que ao pronunciarmos o termo “criança” já acompanhado de uma musicalidade, de um sorriso nos lábios e alegria em tudo.

Criança somos todos nós – e sempre!

O ser humano é uma criança.

Digo sempre que sinônimo de ser humano é a palavra criança.

Criança ri.

Criança chora.

Criança gosta de bolas e balas. De boneca, de carrinhos e também do “faz de conta”.

Há algo mais lindo do que história?

Há algo mais lindo do que criança contando história?

Há algo mais lindo do que criança ouvindo e perguntando a respeito das histórias?

Será que o computador vai tirar o espaço de contarmos histórias para as crianças? Será que vai ser restrito o espaço da criança em poder ouvir e contar suas  histórias?

Fico a pensar muito a respeito desse assunto.

Seriamente!

Será que o computador vai tirar este espaço tão emocionante para ambos: o contador e a criança? É o espaço “do faz de conta”.

Tomara que não.

Crianças! Minha homenagem a vocês. Sei que o dia 12 de outubro é dedicado a vocês, mas acredito que todos os dias do ano são dias de vocês. Vocês fazem a alegria de todos nós...

Continuem a pedir:

“Quero que me contem histórias...”

Crianças! Minha homenagem.

Continuem sempre crianças...

Eu continuo uma criança, apesar de que muitos já não me consideram...

"ELES" TAMBÉM VIAJAM


“Eles” também viajam

 

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br




- Oi Dunga!

- Oi Teco!

- Estamos hoje nos encontrando em novo parque

-         Sim! Fomos levados, até que enfim, para um novo lugar. Maior! Mais árvores... Mais bancos para “eles” sentarem.

- Falando sério! Eu já estava com “saco cheio” daquela praça. Tudo igual! As mesmas coisas. Tudo igual! Ao menos neste parque a “gente” tem mais grama. Mais coisas para a “gente” ver. Até o número de pássaros é maior. Mais lugares para a “gente” correr.

- É verdade! Este parque tem  monumentos lindos. Pena que estão todos pichados! Tem dançarinos de tango. Tocadores de violão, cantores, mas todos com um “pratinho” na frente. E não é para colocar comida como se fosse para “nós”. É para os apreciadores colocarem moedas. É o trabalho “deles”... Noto também que tem muito mais “gente” como a “gente” e gente como “eles”...

- Iguais aos “nossos’ donos...

- Continuo afirmando: “donos”, porque eles continuam nos tratando como ‘nossos donos”, mas “falam” aos “seus” amigos que somos seus “filhinhos”... Fico só ouvindo e olhando...

- Que sadismo!

- Mas tenho uma novidade para te contar.

- Então fala. Desembucha!

- Estive viajando! Até que enfim! Realizei um de meus sonhos. Gosto muito de viajar. Toda vez que vejo na televisão cidades diferentes eu penso: ainda um dia terei oportunidade de conhecer.

- Pra onde foste? Ou melhor, para onde foste levado?

- Para São Paulo. E de avião...

- De avião? Deve ter sido muito legal! Viajar de avião é muito rápido e muito confortável. Não é verdade?

- Rápido é. Muito rápido. Fui num vôo noturno. Mas nada confortável, ao menos onde fui “colocado”. Fui no porão daquele “monstro”. Junto com as bagagens “deles”. Veja só – não tiveram a “coragem” de me colocarem junto “deles”. Naquelas poltronas super confortáveis que tem lá em cima, como “você” mesmo disse... “somos” sempre, em tudo, os excluídos! Isso que somos considerados os filhinhos... Imagina se “nós” não fôssemos os filhinhos... Continuo dizendo: são “nossos” donos.

- Tirando os problemas com a viagem, como foi o resto? Deu para conhecer aquela “cidade grande”?

- Foi muito legal! Conheci muitos lugares que eu “sonhava” muito em conhecer. É uma “cidade monstruosa”. Trânsito maluco. Demora muito tempo para que a “gente” possa ir de um lugar a outro. Mesmo assim, nos poucos dias que estive lá pude apreciar muitos lugares.

- Quais?

- Fui na Rua 25 de março. Rua de muito movimento. “Eles” queriam fazer umas “comprinhas”. Rua com grandes lojas. Muitos camelôs. Enfim um movimento enorme. Fui no Parque Ibirapuera. Belíssimo! Corri bastante. Fiz algumas amizades, mas ”nossos” colegas de lá também só pensam em trabalho como os donos deles... Andei de metrô. É muito legal! Mas tive que ir no colo do meu “dono”. Foi tudo muito legal! Estive em outros lugares que nem me lembro o nome.

- Como eu também gostaria de viajar! Meu dia chegará...

- Olha não existe coisa melhor neste mundo do que a “gente” sair e conhecer novas “amizades” e novos lugares. “Eles” e “nós” precisamos, às vezes, nos arejar um pouco através de saídas...

- Bem, estou achando este parque tão mal cuidado. Não achas?

- É verdade! Observo muito na TV que estão solicitando a todos a colaboração para que ajudem na manutenção de praças e parques. Eu só faço minhas necessidades junto às árvores. Vejo muitos sujarem com papéis e latas de refrigerantes e cervejas. Não deveria ser assim. Precisariam colocar os detritos junto aos locais adequados...

- É verdade! A “gente” só observa o contrário...

- Algo que “nós” poderíamos solicitar ao “nosso glorioso” sindicato. Que o mesmo fizesse uma campanha mercadológica em prol de uma melhor manutenção dos “nossos” parques.

- Boa idéia! Até para “nós” seria melhor...

- Vamos levar adiante a “nossa” idéia?

Vamos...

E o slogan que “nós” vamos sugerir é o seguinte: “ manutenção e limpeza sempre”. Em tudo devemos pensar que: “nós unidos jamais seremos vencidos”!

 Para este assunto “nós’ já temos a solução... Notaste que já está havendo pessoas estranhas nos parques e praças?

Claro! são os candidatos ao pleito eleitoral que está se aproximando...

Nem tinha me apercebido disso! A cidade está limpa!

É porque neste ano a lei mudou e “eles” não podem mais fixar cartazes nas ruas. Porisso estão vindo nos parques e apertando as mãos dos “conhecidos”...

E “nós”? Não somos conhecidos “deles”?

Claro que não... “nós” não votamos.  “Nós” não temos título eleitoral...

É verdade!

Bem, já estão nos puxando. É o sinal de irmos para casa.

Não temos nunca liberdade de ficarmos o tempo que desejarmos...

Mais uma verdade! “Eles” são assim. Não pensam que também temos direito à liberdade...



Mais uma vez notamos que “eles” Dunga e Teco ( dois “cãezinhos”) estão tentando ocupar o espaço “deles”.

Será que “eles” – “os cães” um dia conseguirão?

terça-feira, 27 de março de 2012

APOSENTADORIA OU INATIVIDADE?


APOSENTADORIA OU INATIVIDADE?



David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

 

Aposentadoria: sim!

Inatividade: não!



É assim que desejamos sempre quando se atinge uma certa idade.

O pior momento, quando se atinge uma determinada idade, é resolver parar.

Parar!

Parar e fazer o que?

Quando parar?

Parar?

Parar nunca... Assim seria o ideal!

Ter a merecida aposentadoria, mas não com a inatividade.

Deve ser sempre bem pensado, e muito bem, o momento da aposentadoria. Já existe até “cursinhos” de preparação.

Não deve ser fácil. Nada fácil esta resolução.

Parar!

Depois de tantos anos realizando suas atividades e de repente, como num passe de mágica, parar.



Parar!

Parar e fazer o que?

Devemos pensar.

Pensar!

Pensar e acordar.

Acordar e fazer o que?



Se planejamos bem, esta mudança não é tão traumática. Em caso negativo precisamos estar preparados. Bem preparados!

Preparados para a mudança. Estou, neste momento, pensando.



Pensando e planejando.

Planejando e me preparando.

Para quando?

Ainda não sei.

Mas preciso me preparar.

Preparar a mente!

Preparar o corpo!

Preparar as atitudes!

Preparar, planejar e pensar para parar...

Não podemos ficar na inatividade. Não faz bem a ninguém.



Não consigo pensar que existem pessoas na completa inatividade. Antes, ainda, de uma aposentadoria. Sabemos que há dificuldade de empregos. Dificuldade de trabalho. Mas precisamos “batalhar”! “Batalhar” bastante, para que a ociosidade e o acomodamento não tome conta “ de nosso corpo”. Deve ser horrível!

Mas existe!

O importante é chegarmos a um ponto da vida e termos nossa “merecida” aposentadoria, mas sem o acompanhamento da palavra “inatividade”.



Não faz parte do ser humano!

É a minha “modesta” opinião...



E vocês o que acham?

Alguns de vocês podem já estar aposentados. Mas não inativos, não é a verdade?

Vocês que já possuem a sua aposentadoria, pergunto: “ Como estão se sentindo?”

Espero as respostas...

quinta-feira, 15 de março de 2012

"NUUUUU..."


“NUUUUU...”



David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br




Sou Schmil.

Natural da Bessarábia.

Só falo e entendo “idisch”. ( dialeto do alemão falado pelos judeus oriundos da Europa)

Resolvi viajar para o Japão e Inglaterra.

Vejam bem, eu um “id” (judeu) indo viajar pelo mundo. Main got!” (Meu Deus)

De início senti muito medo.

Meus amigos me disseram:

-         Schmil, tu tens dinheiro no bolso?

-         Sim...

-         Tens boca?

-         Sim...

-         Então podes aproveitar... Viajar é muito bom. A gente conhece muita gente... A gente aprende muita “coisa” nova...



E lá fui eu. Acreditei nos meus amigos. Afinal os amigos dizem sempre a verdade para a gente...

Comprei passagem com o Avrum. Passagem de avião...

E lá fui eu...

Subi no avião.

“Que coisa linda!” Exclamei. Nunca tinha entrado num equipamento destes...



Logo de início tive que me “amarrar” num cinto. Vi que todos estavam fazendo isso... acendeu uma “luzinha”. Não entendi nada do que estava escrito. Mas... Pensei: “será que as “amarras” do cinto era para que eu não caísse? Ou para que eu não pudesse ir para a frente? Eram minhas dúvidas, mas não podia perguntar para ninguém. Ninguém me entenderia e eu não entenderia eles... Fiquei “amarrado” e quieto.

Vi uma moça muito bonita, distribuindo balas. Deveria ser a “secretária” do piloto.

Sabem porque?

`Porque ela estava vestida com um uniforme da cor do uniforme do piloto. Só que ele estava com um “boné” branco e ela não tinha nada na cabeça, só um lenço “amarrado” no pescoço.



E lá fomos nós...

Começou a subida e eu tive uma dor no meu “buch” (barriga). “Ui vei...” (expressão idiomática)

A viagem foi tranqüila, até que num dado momento começou a “sacolejar” e eu fiquei com “medo”. Me lembrei de algumas “bruches” (bênçãos) e comecei a dizer. Não em voz alta, para não atrapalhar meus “vizinhos”, mas em voz baixa, não tão baixa assim... Até que tudo voltou ao normal. Respirei fundo e disse: “Danken got”... ( Obrigado Deus)

-         Mane tzures” (Meus problemas), pensei com meus botões. Será que sempre é assim? Com “sacolejos”? Não sei, e nem perguntei. Ninguém iria me entender... Mas agüentei firme.



Só estava pensando no momento da parada do avião. O que irei fazer? Não sei nada de japonês. O que fazer? Lembrei que meus amigos da Bessarábia me disseram que sempre a “gente” encontra algum conhecido. Assim eu espero. Nós “idn” (judeus) somos muito amigáveis e conhecidos, até pelos nossos “neizl” (nariz). Espero que me reconheçam... Espero que falem comigo. Já estou cansado de não poder falar com ninguém...

Por enquanto estou comendo bastante.

“Como servem coisas boas neste “bonde”. Parece um “bonde” de tão grande... Só falta me servirem “ghefilte fish e hering” ( tipos de peixes). Seria muito legal!! Até agora não me serviram estas “coisas deliciosas”. Estão servindo outras coisas... Também boas. Não conheço, mas vou comendo... Vou aguardar, pode ser que venham algumas coisas “kasher”. Por enquanto nenhuma delas foi “kasher”, mas está valendo a pena...



O tempo foi passando.

O “ghefilte fish” não veio.

Ouvi pelo alto falante certas palavras que não entendi nada, mas observei que meus “companheiros” de viagem começaram a se mexer e o avião começou a “empinar’ para baixo.

-         Será que estou chegando? Fiquei “nerveishke” (nervoso).



Pensei: “Na descida vou falar alto algumas palavras em “idisch”. Pode ser que algum “Shloime” (Salomão) ou “Yankl” (Jacob), ou mesmo alguma “Surele” (Sarinha) estejam por ali... vou fazer isso...



E assim aconteceu.

O avião aterrisou com sucesso.

Schmil retirou o cinto de segurança e desceu entusiasmado com as novidades que estava vendo no aeroporto de Tókio. Chovia muito...

Por enquanto não viu nenhum conhecido.

Estava vendo uma “montanha” de gente. Muita gente!!

Todos japoneses!! disse Schmil

Foi seguindo os outros passageiros. Foi seguindo numa fila.

Todos foram ao encontro das malas.

Viu que elas estavam aparecendo através de um “compartimento redondo”.

Num repente observou a sua mala. Ficou satisfeito. Pegou e se dirigiu a um portão, assim como os outros estavam fazendo...



Passou na Alfândega sem falar nada. Só gesticulando como um mudo.

De repente ele largou um grito: “NUUUUU...” e viu que várias pessoas olharam para ele e não eram  japoneses.

Entenderam!!!  Devem ser os Shloimes, Yankl e Sureles...



Eram “idn” que também estavam viajando e que entendiam o “idisch”. Quando ouviram o “NUUUUU...”  perceberam a palavra “técnica” dos patrícios “idisch”.

Se abraçaram. Se beijaram. e foram conversando...  Sim, conversando. A quanto tempo nosso personagem não dialogava...



Schmil ficou alguns dias no Japão e se dirigiu, agora sem medo, para a Inglaterra..



A partir dali Schmil chegou a seguinte conclusão: Quando não sabemos falar nenhum idioma basta dizer “NUUUUU...” em qualquer lugar do mundo que logo aparecerá alguns entendedores...



“NUUUUU...” , não é verdade?

AMIGOS PARA SEMPRE!!!


AMIGOS PARA SEMPRE!!!

 

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br




Vontade eu tinha de falar a respeito da música que leva este título, mas não é esse o propósito. Mas falando da música: “Que música! Que interpretação!” Não acham?

Baseado, isso sim, na música citada é que me leva a desenvolver a respeito do tema “amizade”.

É difícil ter amigos?

É difícil sermos amigos?

É difícil formarmos amizades?

Acredito que a resposta para todas as indagações é a mesma: Sim, é difícil...

E, acredito eu, está cada vez mais difícil encontrarmos as amizades ideais. São tempos de muita dificuldade para tudo, até para as amizades.

Porque será?

Será que é em função das notícias a respeito das maldades realizadas pelos “nossos” colegas – seres humanos -?

Pode ser...

Eu possuo, graças a Deus, amigos.

Amigos para todas as horas.

Amigos para sempre!

Mas me pergunto: será que todos têm, ao menos, um amigo onde podemos conversar a respeito de “n” assuntos e que não vão pensar que estamos tratando de “negócios”?

Hoje em dia, em muitas ocasiões, a “gente” pensa que o “outro” é um “amigo” e, no entanto, esta pessoa está pensando “longe” – vendo como tirar vantagens da nossa “ingenuidade” ou insegurança “. É uma realidade – dura, mas real...”.

É isso que está acontecendo em diversas ocasiões com “pessoas” que se dizem “amigas”.

Não são amigos!

Infelizmente é uma dura e cruel realidade...

Porque?

Por que isso?

Com estes fatos se transformando numa realidade perdemos, em muitas ocasiões, a credibilidade nas pessoas. A credibilidade tão necessária. A credibilidade nos termos de amizade. A credibilidade nos termos de confiabilidade no ser humano...

Amizade – um termo puro!

Um termo importantíssimo para a vivência ou sobrevivência de qualquer ser humano. A amizade entre Adão e Eva...

O que estamos observando, como conseqüência dos fatos arrolados anteriormente, é a solidão das pessoas. E por conseqüência uma maior tristeza nos semblantes das pessoas...

É o aumento da solidão! As pessoas estão conversando pouco. Estão dialogando pouco.

O que fazer?

Realmente não sei.

Só sei dizer da infelicidade que está dominando as pessoas e pela diminuição da credibilidade e confiabilidade junto às amizades.

Como será o final da história?

A tendência, ao meu ver, é piorar. Não sou pessimista, mas realista. Tudo em função do que eu estou observando. As pessoas estão cada vez mais pensando em si próprio e também no pensamento mercantilista. Tudo é negócio... Mas somos seres humanos! Nosso sentimento não é só nos negócios, e nem tudo é negócio...

Estou observando que cada vez mais o ser humano está ficando sozinho. Sozinho junto às suas quatro paredes. Sozinho em tudo... Até pelo fato da insegurança urbana. Tudo corrobora para a solidão! E esta solidão é resolvida sem uma solução dialogada. Esta solidão está aumentando. Em ritmo muito acelerado.

Preocupo-me. E muito! Sei que é triste o que estou escrevendo, mas é uma realidade que estou observando.

O que resta fazer?

É ouvir música.

A boa música.

“Amigos para sempre...”

quarta-feira, 14 de março de 2012

CONVIVÊNCIA


CONVIVÊNCIA

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


Elétrico 28


A convivência é algo fantástico.

Não acham?

Em Lisboa, ao menos eu, fiquei entusiasmadíssimo com a convivência da mobilidade urbana.

Uma capital como Lisboa convivem: o bonde – como os nossos antigos “bondes” (lá denominado de Elétrico e uma das linhas mais famosas é a do Elétrico 28, que além de serem utilizados pela população residente, serve muito aos turistas para que eles conheçam – através do bonde – a cidade baixa e a cidade alta – um passeio inesquecível através de um meio de locomoção muito interessante), os comboios, os ônibus, os táxis, os veículos particulares e de trabalho, as motos e os pedestres. Além de possuirem um excelente serviço de metrô.

Estive alguns dias e não ouvi nenhuma “buzinada”. É a convivência pacífica entre todos. Entre todos os meios de locomoção e os pedestres. Isso é muito importante.

Isso é muito bom.

Bom para todos...

Isso muitas vezes não acontece nas cidades brasileiras.

Não é verdade?

Ainda temos muito que aprender com os europeus.

É um recadinho...

Visitem Lisboa e vão notar o que é convivência de mobilidade urbana além da amabilidade da população.

segunda-feira, 12 de março de 2012

SOMOS GENTE!


SOMOS GENTE!

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br



 

Muitas vezes o “final do túnel” está pertinho de nós e não é tão profundo como parece, mas não conseguimos enxergar.

Muitas vezes “nossos” olhos estão tão impregnados com a face oculta que não conseguimos ou não desejamos enxergar as coisas boas da vida que estão na nossa frente ou mesmo ao nosso lado.

Muitas vezes não conseguimos “tocar” naquilo que desejamos tanto por falta total de nosso pensamento positivo.

Isto é a máquina: “ser humano”.

Máquina esta que, ao menos até o dia de hoje, não conseguiram que ela fosse suplantada por nada. Por mais que os “inventores” sugerissem algo, o ser humano continua com seu papel vital em todos os momentos. E estes inventores são seres humanos...

Sabemos nós que nosso cérebro ainda é usado muito pouco em relação à sua capacidade. Vamos imaginar: se conseguirem uma utilização maior para ele acredito que muitas das “desavenças” comuns do “ser humano” poderiam ser minoradas e o mundo seria mais feliz.

Somos seres humanos.

Somos frágeis.

Somos dóceis.

Somos de “carne e osso”.

Somos gente!

Muitas vezes o final do túnel está logo ali...

E repleto de coisas boas...

Não estamos vendo...

Muitas vezes as soluções estão ao nosso lado, mas por motivos outros não conseguimos resolver. Ou não queremos?

Somos seres humanos!

Somos frágeis!

Somos dóceis!

 Somos “gente”!

Às vezes as soluções “doem”. E esta dor “dói” muito...

Não são tão fáceis de serem resolvidas como parecem.

Somos “seres humanos”.

Somos “gente”!

COMPARATIVO



COMPARATIVO


David Iasnogrodski - escritor, engenheiro, administrador - david.ez@terra.com.br






Acredito que muitos de vocês, hoje em dia, não conseguem mais realizar suas atividades rotineiras sem a presença do computador. Realmente é um equipamento que veio para ficar... Assim como a televisão. Claro está que são equipamentos que estão em progresso permanente.



Também me recordo quando fui aprender datilografia. Que palavra é essa? Vocês devem estar se indagando. Datilografia?

Sim, datilografar em máquinas Underwwood ou Remington, ou ainda Olivetti. Lembram?

Claro que não. Vocês são jovens... Mas eu não sou velho... Vocês não sabem o que é uma “máquina de escrever”. Acredito que muitos de vocês já viram em algum “memorial”...



Máquina de escrever é o antigo Word. Eram equipamentos com teclados onde a gente escrevia e observava as letrinhas se dirigindo diretamente para a folha que estava apoiada num rolo. As letrinhas poderiam ser pretas ou vermelhas. A gente é que escolhia... Vejam só!

As redações de jornais eram “barulhentas” em função do som emitido pelos teclados das máquinas ao encontrar os rolos. Era o “som tradicional das redações”. Pac, Pac, Pac, Pac…. E assim por diante, sempre Pac, Pac, Pac...

Hoje em dia é um silêncio só! É o silêncio dos computadores. Podemos até pensar... Antes também, mas acompanhado do “sonido” do Pac, Pac, Pac...



É o passar dos tempos!



Os primeiros computadores eram enormes. Depois diminuíram de tamanho. Hoje em dia temos os “laptop” e os “palm-top”. E alguns outros equipamentos que estão surgindo hoje...

O que virá depois?

Não sei... Não sei mesmo!

Mas são úteis. Isso é muito importante à gente dizer e observar a sua utilidade em todos os trabalhos. Não podemos viver sem eles. Nossa vida mudou! Não acham? Nosso trabalho mudou, e como mudou com a chegada do computador.



Ontem eram os “diskets”. Hoje são os “pen-drive”.



É o progresso. E temos sempre que nos acostumar e viver com eles – os computadores.



Muitos ainda não se deram conta quer cada vez mais o termo progresso está junto de nós, e com todas as letras maiúsculas.



Os escritores de então levavam tempo enorme para escrever. Depois iam para as “máquinas de escrever”.



Depois tirar cópias e por fim conduzir seus originais até a editora.



E hoje? Direto do computador para a editora via e-mail e este direto para a Gráfica. Mas os tempos para leitura continuam os mesmos, apesar de que até livros CD já possuímos. Eu mesmo lancei alguns.

“Tempos modernos” – o do Charles Chaplin e os nossos – tempos modernos. São os tempos de ontem e de hoje...



Acredito que quando estiver aprontando o “ponto final” destas linhas algum “novo” progresso estará chegando até mim. Ou seja, até nós...



Por isso rapidamente digo Tchau!!!!!!!!

terça-feira, 6 de março de 2012

ENTENDENDO OS PÁSSAROS



ENTENDENDO OS PÁSSAROS



David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br




Diariamente realizo minhas caminhadas. Inverno e verão. É um dos melhores exercícios físicos, segundo os médicos. Realizo no turno da manhã. É neste período que mais penso. Penso até no que escrever. Penso em todas as minhas outras atividades.



Dia destes fiquei a pensar nos pássaros. Eles nos observam. Cantam. Passeiam, Chegam perto de nós e começam a realizar seus vôos. Com medo de nós ou para chamar atenção sobre eles? Não sei... E nós?



Será que com o canto deles não desejam nos dizer algo? Como eu gostaria de entendê-los, pois acredito piamente que eles nos entendem... Sei que é poético o que eu acabei de afirmar com palavras. Não sou poeta. Admiro muito os que fazem poesia.



Estou a escrever e eles a cantar – será que estão percebendo o que escrevo, ou estão pensando no que eu possa estar escrevendo?



Não sei, só estou ouvindo a música sonora dos pássaros... Continuo a dedilhar no meu computador... E os pássaros?



Conversam entre si. Cantam e nos encantam com sua música. Matinal e diária. Nos animam. Nos mostram o clima, pois em dias chuvosos, não o clima de suas canções.



Ficam nos galhos a nos observar: “Lá vão eles com os guarda-chuvas e nós aqui em cima dos galhos...”. Sempre é um aviso a todos nós: “Está chovendo, os pássaros não estão cantando...”. Estão lembrados da Arca de Noé?



Só foram abertas as portas quando os pássaros saíram e iniciaram suas cantorias. Sinal de que as chuvas tinham serenado e as águas estavam voltando ao nível normal. Entender os pássaros!



São lindos. De diversas cores. De diversos aspectos. Disciplinados – hora de dormir é “sagrado” – não importando se estamos em horário de verão... Entender os pássaros?



É uma virtude. Creio que será uma grande lição de vida no dia que, realmente, pudermos entendê-los. Será um grande progresso para a humanidade. Fazem parte da nossa sociedade. Fazem parte da nossa vida!



Amanhã, quando realizar minha caminhada matinal, vou tentar dizê-los (não sei como...) que ontem escrevi sobre eles e sua importância para todos nós, os seres humanos.



Acredito que gostarão. Se sentirão mais importantes. Se sentirão mais felizes. Continuarão a cantar e a nos deleitar com suas músicas.



Como seria ruim para todos nós seres humanos sem a presença diuturna de vocês, os pássaros!

sexta-feira, 2 de março de 2012

PRESENÇA JUDAICA



PRESENÇA JUDAICA

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

monumento em homenagem
aos judeus mortos no "pogrom de Lisboa"

Lisboa e Barcelona – dois locais de excelentes atrativos.

Ao realizar meu roteiro de visitas a estas cidades, pensei muito em saber a respeito da presença judaica nestas cidades. Fui-me para a Internet.

E logo achei.

monumento junto ao Rossio
Achei em Lisboa a comunidade Masorti que é a Kehilat Beit Israel, onde através da Senhora Adriana Souza, me colocou à disposição a visita com explicações (e-mail: info@beitisrael.org) .

Em Barcelona fiz o contato com a Senhora Yolanda da Sinagoga Mayor de Barcelona, onde também me colocou à disposição a visita. Bem como ao bairro judaico antigo (e-mail: sinagogamayor@hotmail.com ou site: www.calldebarcelona.org ).

Ao chegar a Lisboa fui diretamente à Kehilat Beit israel. É pequena, aconchegante, situada no centro de Lisboa, oferecendo uma mistura original entre tradição e modernidade. Adriana Souza e outros componentes estavam me esperando com uma amabilidade espetacular. Fiquei contente em conversar com eles. Todos estão satisfeitos com o “retorno”. Palavra mágica... São poucos – ao menos agora – mas estudam muito. Não podemos esquecer que os judeus apareceram no território português ainda antes do período da romanização, logo após a destruição do Primeiro Templo de Jerusalém pelos babilônios. Fato este ocorrido no ano 586 a.C.

Fiquei sabendo e visitei um monumento em Lisboa, junto ao Rossio, que além de belo é de suma importância histórica. Passam por aquele local milhares de pessoas e talvez não dão a devida importância. É um monumento em homenagem aos judeus mortos no ano de 1506 (19 de abril) no denominado “Pogrom de Lisboa” ou a “Matança dos judeus de Lisboa”.

Página trágica e cruel, pois não pensem as gerações atuais, que a perseguição e morte de judeus só ocorreram no Holocausto Nazista.

Foi uma conversa agradabilíssima.

Ao visitarem Lisboa procurem a Kehilat Beit Israel.

Quando me dirigi a Barcelona, minha curiosidade continuava para saber algo a respeito da presença judaica nesta cidade.

Dirigi-me à Sinagoga Mayor de Barcelona, num dos setores do Bairro Gótico de Barcelona. O estilo da zona, hoje em dia, é muito similar ao de muitos bairros judeus da Catalunha. A Sinagoga Mayor foi descoberta recentemente. Tem sido restaurada e aberta ao público. Fui recebido pela jovem entusiasmada Vicki Tawill da ACB – Associación Call de Barcelona.

Logo em seguida iniciamos a caminhada pelo então bairro judaico. Nesta rota visitamos, inclusive, uma “mikvé” antiga (localizada junto a uma loja), as instituições, os limites do bairro.

A sinagoga é uma das mais antigas da Europa. Foi esquecida e abandonada até o século XX, onde este ponto foi, inclusive, utilizado como casa de armazenamento e limpeza a seco e tinturaria.

O bairro judaico, atualmente, que foi tão próspero e ativo durante o século XII, hoje em dia, é um emaranhado de ruelas estreitas e sombrias mas com muita história e motivados pela Vicki se torna muito mais interessante e com isso a gente consegue ver o grandioso significado. A antiga “judiaria” tinha cinco templos, mas somente o prédio da Sinagoga Mayor (C. Marlet – 5) se mantém em pé. Tudo graças ao trabalho da comunidade ACB. A fachada principal da Sinagoga está orientada para o Sudeste e olhando para Jerusalém. O muro exterior tem duas janelas. O cimento e as paredes são de origem romana do século I feitas com pedras procedentes de Cartago .

Isso é um pouco do que vi e aprendi com Adriana e Vicki. Meus agradecimentos.

Convido vocês todos quando chegarem em Lisboa e/ou Barcelona procurarem ver e sentir a presença judaica nestas duas cidades.

É a história ali presente.

Claro está que devemos também ver todas as atrações turísticas que estas cidades apresentam.

E não são poucas!