terça-feira, 20 de novembro de 2012

WHY??




WHY??

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


Porque as guerras?
 

Porque as guerras?

Porque o terror e o terrorismo?

7 de julho de 2005. Manhã fria. Muito fria.

Saí cedo. Muito cedo. Liguei o rádio do carro e deparo com as notícias. Tristes notícias. Tinha acontecido na “charmosa” Londres mais “alguns” atos terroristas.

Contra os inocentes. Contra os turistas e trabalhadores. Contra pessoas inocentes que estavam indo ao seu local de trabalho por metrô. Por ônibus.

Porque isso?

Porque o 11 de março em Madrid?

Porque o 11 de setembro em Nova York?

Porque o atentado contra a AMIA em Buenos Aires?

Porque os inúmeros atos terroristas em Israel, no Iraque e em outros lugares do nosso planeta Terra?

Porque?

Ah! Se eu soubesse as respostas... Sei que vocês também não sabem...

O que me resta é escrever. Indagar. Recordar. Lamentar... Verbos e mais verbos

Sei que as vidas ali chacinadas não a recuperaremos. Sei que as famílias infelizes estão lá a lamentar a perda de seus entes mais queridos. Sei que, talvez, muitos vão ficar vivos, mas mutilados para sempre.

Porque?

Porque as guerras? Porque o terror?

Em pleno século XXI. Século das modernidades. Do progresso. Ainda estamos vendo “gente” matando “gente”.

Porque?

Porque as guerras? Porque o terror?

Até quando?

Até quando agüentaremos?

Cheguei no local de trabalho. Realizei minhas tarefas. Meu pensamento estava longe. Estava lá – em pleno centro de Londres, Inglaterra. Em plena Europa. A charmosa terra da Rainha. Do Big Bem e agora do triste 7 de julho. Dia dos ataques terroristas.

 

Porque?

Porque as guerras?

Porque o terror?

Não sei. Não sei onde vamos parar. Não sei onde vamos parar com essa tristeza de muitos e alegria daqueles poucos que colocaram as bombas...

Porque?

Não são “eles” gente? Não têm eles famílias também?

São, sim. São gente. Tem famílias...

E é por isso que eu não entendo...

 

Ou será que “eles” não são “gente”?

Porque?

 

Novembro de 2012.

E tudo continua.

Onde vamos parar?

Somos “gente”.

E “gente” fazendo tudo isso.

Onde e quando vamos parar?

Até o nosso próximo encontro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário