quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

QUEM SÃO OS DONOS DAS CIDADES?




QUEM SÃO OS DONOS DAS CIDADES?

 

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


 

Os veículos?

Os pedestres?

“Grande” pergunta... Não é verdade?

 

O que se ouve hoje nas ditas “grandes” cidades ou metrópoles são sons barulhentos das buzinas dos veículos. É uma verdade... Por quê?

 

Ora, seu David, vocês devem estar dizendo, tudo por influência dos congestionamentos diuturnos que estão acontecendo. Outra verdade...

 

 

Congestionamentos?

Sim, congestionamentos.

 

De uns tempos para cá, o número de veículos em circulação ultrapassou o “limite” das nossas vias. Pouquíssimas são as obras viárias que foram realizadas para um número tão elevado de veículos que estão circulando pelas “estreitas” ruas de nossas cidades. Tuas estas construídas ao tempo das “carruagens” ou de um número pequeno de veículos que circulavam a época. Veículos esses que ao tempo eram denominados de calhambeques (segundo a música de Erasmo e Roberto Carlos – “O calhambeque – bi, bi...”). Até o número e tipo de transporte público era diferente. Bondes elétricos (lembram dos bondes gaiola?), ônibus com capacidade pequena de passageiros. Os próprios caminhões eram menores e menos pesados... Enfim eram outros tempos.

 

Buzinadas e mais buzinadas.

Congestionamentos e mais congestionamentos.

 

Cada vez mais as pessoas necessitam sair mais cedo de suas residências para se locomoverem aos locais de trabalho, de estudo ou de lazer.

Cada vez mais descansamos menos nas nossas horas de folga em virtude do tempo de deslocamento.

O ar das cidades torna-se cada vez mais poluente, em função dos gases oriundos dos veículos “semiparados”.

E o que fazer?

 

Transporte público alternativo?

É uma solução. Mas só esta não basta, é a minha opinião.

 

Outra solução: maior utilização, como em Amsterdã, da bicicleta para as devidas circulações. Trabalho, estudo ou mesmo lazer. Para tanto devemos construir ciclovias, pois a bicicleta é um veículo que não polui e nos leva para todos os lugares.

 

Os adeptos da bicicleta estão aumentando. Necessitamos com urgência aumentar as ciclovias.

 

Afinal de contas, quem são os donos das cidades?

Não são as pessoas?

E elas é que estão sendo, cada vez mais, as prejudicadas. Em contra partida são estas pessoas que estão adquirindo “adoidadamente” os veículos. Tudo em função das ofertas... São estas pessoas, com seus veículos, que ficam nos congestionamentos a “resmungar” que estão atrasadas...

 

Estas pessoas!

 

O que fazer?

- Já sei: colocar um bom rádio no veículo e que o mesmo possa também ter possibilidade de se colocar CD ou ÁUDIO BOOK.

 

Vamos passar o tempo “enquanto o seu lobo não vem...”, ou seja, enquanto estivermos parados nos congestionamentos. Buzinar não resolve, só estamos gastando a bateria.

 

Nos congestionamentos só quem se diverte são os proprietários de postos de combustível...

 

Ah! Ah! Ah!

 

Frase de um taxista:

- Seu David, a cidade está parada! Totalmente parada. A qualquer hora do dia, e às vezes até nas noites... O que fazer? Só com muita paciência... Vamos esperar. A música está boa...

 

Cidades paradas...

Cidades arquitetadas a fim de que as pessoas possam se locomover.

Cidades “trancadas” em função dos congestionamentos.

Quem são os “donos” das cidades?

Os veículos?

Os pedestres?

Todos?

 

Não sei dizer.

Só sei dizer que esta crônica foi pensada e idealizada junto a um congestionamento. Ouvindo inúmeras “buzinadas”. Um som fantástico... Quase uma ópera...

Congestionamento!

Normal!

O de todos os dias.

Neste mesmo lugar...

 

Já sei: Vou continuar ouvindo música ou ouvindo AUDIO BOOK( a grande solução...)

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