quinta-feira, 31 de março de 2016

ABRIL DE 2016



ABRIL DE 2016

Resultado de imagem para COMEMORAÇÃO DE PESSACH
Moisés atravessando o Mar Vermelho




David Iasnogrodski 
escritor, engenheiro, administrador david.ez@terra.com.br



Tudo neste abril de 2016.
Início da nova novela da Globo: “Liberdade, Liberdade”. Falando a respeito do brasileiro Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”. Enforcado em 1792. Queria sempre que a nossa Pátria – “fosse livre”. Um tema muito bem lembrado.
Também na noite de 22 de abril, os judeus de todo o mundo iniciam a comemorar o “Pessach”, relatando a libertação dos judeus no Egito.
Esta história, narrada em prosa, verso e música junto à uma mesa de jantar vem sendo relatada por inúmeros anos.
É interessante relatar, também, um pouco da história pregressa dos judeus antes da retirada deles do Egito por Moisés. Tudo para compreender melhor esta façanha.
A origem do povo judeu é com Abraão, que viveu há cerca de (mais ou menos) 4000 anos atrás, em Ur, na Caldeia. Era uma uma cidade antiga às margens do Rio Eufrates, na baixa Mesopotâmia. Nesta região os habitantes eram idólatras, acreditavam na existência de deuses, que segundo eles, controlavam as diversas forças naturais do mundo.
Abraão foi o primeiro a entender que só existia um Deus no Universo. Por esse motivo Deus o aconselhou a abandonar sua pátria e que se dirigisse a Canaã, a terra destinada a ser Terra de Israel.
Em Gênesis, 15:13-14 – está escrito: “Saiba que seus descendentes serão estrangeiros em terras alheias, serão escravizados e oprimidos por centenas de anos. Mas eu farei o julgamento à nação para a qual eles servirão, e no fim serão livres, com muita riqueza”.
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Muito tempo passou, até que nasceu Moisés no Egito.
Moisés foi predestinado a retirar os judeus do Egito, no qual viviam como escravos.
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Conta a história que cerca de 600 000 almas deixaram o Egito sob o comando de Moisés. Às margens do Mar Vermelho estavam totalmente encurralados quando viram as carruagens do
Faraó perseguindo-os. Mas então surge o milagre – as águas do mar se abrem e eles atravessam em terra seca. Quando os egípcios entraram esta terra voltou a ser água. Afogando o Faraó e seus homens.
O acordo entre Abraão e Deus havia sido cumprido.
A liberdade física havia sido atingida, faltava somente marcharem para a liberdade espiritual e chegar na Terra de Israel.
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Esta história chega ao fim quando através da caminhada de (mais ou menos) 40 anos pelo deserto – até que toda a geração havia passado, para que pudessem viver em liberdade na sua terra.
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História linda.
Contada muito em cinema.
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História contada  através das gerações para todos os filhos e netos das comunidades judaicas junto à uma mesa de jantar denominado de Seder (ordem). Tudo para comemorar Pessach – a passagem.
É narrado todos esses episódios que está contido num livro denominado Hagadá – um livro judaico, que depois da Bíblia, provavelmente, é o que teve o maior número de edições.
Acompanhando a sua trajetória, a Hagadá foi traduzida em vários idiomas. Normalmente o texto em hebraico é acompanhado por uma tradução na língua local. Sempre com explicações, comentários e até interpretações. Depois da Torá, é a obra religiosa judaica mais traduzida no mundo.
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Como disse anteriormente, neste 2016 é iniciada as comemorações de Pessach na noite de 22 de abri. Se comemora durante 8 dias. Neste período se ingere pão ázimo (Matzá), à similitude da alimentação com que comiam no deserto durante a longa caminhada.
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Deus disse a Moisés: “Este dia será um dia comemorativo... de geração em geração, o celebrarei como uma ordenação perpétua”. (Êxodo, 12)
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Esse é o motivo principal que os judeus de todo o mundo celebram Pessach. Em muitas ocasiões são convidados integrantes de outras religiões para comemorarem juntos esta festividade. É a integração.
O nomadismo sempre foi uma realidade das comunidades judaicas mundiais, antes da criação do Estado de Israel. Por esse motivo, ao longo dos séculos, alguns costumes foram sendo modificados ou adicionados na festa de Pessach de acordo com as singularidades das diferentes comunidades judaicas.
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É o abril.
É o abril de 2016.
Liberdade, Liberdade.
Uma das palavras mais importantes para todo o ser humano.

Liberdade!

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