terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O CÍRCULO QUE EU VIVI




O CÍRCULO QUE EU VIVI

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


festa do colégio Israelita na antiga sede do Círculo Social Israelita

A cidade é Porto Alegre.

O bairro é o Bom Fim.

E o Círculo é o Social Israelita.

Mudança de sede.

Inicialmente eu ainda tive oportunidade de vivenciar, como criança, algumas das atividades do Círculo situado acima do “tradicional” Cinema Baltimore. (Pena que demoliram...) Sinal dos tempos...

Bailes, festas e o “Carnaval” – Tudo no Círculo.

O tempo passou.

O Círculo cresceu e inaugurou sua moderna “sede própria” ali na João Teles.

Bailes de debutantes, Carnaval, Réveillon, Atividades sociais com “shows”: Roberto Carlos, Gilberto Gil, Quarteto em y, MPB4. Eliana Pittman, Juca Chaves e tantos e tantos outros pertencentes sempre ao “primeiro time” de artistas se faziam presentes nas atividades circulistas. Assim como palestrantes, artistas de teatro, tudo no Círculo.

Esporte, participação da juventude em Gincanas automobilísticas com tarefas realizadas especialmente para as ocasiões e outras atividades sócio-culturais faziam parte de todos os finais de semana e ainda de atividades durante a semana. Até cinema nos domingos eram realizados, competindo com o Fantástico do Globo. E tinha público...

Tudo no Círculo.

O número de frequentadores – de todas as idades – era a constante nas atividades circulistas.

Até Bloco de Carnaval o Círculo possuía. Visitando as melhores e maiores entidades clubísticas da cidade.

Sei que o tempo era outro.

Sei que a juventude de então tinha outros pensamentos e outras ações.

Sei que os costumes eram outros.

Tudo era diferente.

Até a cidade! Tinha até bondes... Vejam só. A segurança era outra...

Nas atividades culturais o Círculo sempre se destacou.
Tinha a maior biblioteca de Clubes da cidade. Sempre estava apresentando exposições em sua Galeria de Artes – Galeria Contemporânea. Possuía uma revista muito bem cuidada. Apresentava costumeiramente conferências, palestras de diversos assuntos da atualidade de então.

 A sociedade porto alegrense, como um todo, sempre estava de olho nas atividades circulistas juntos aos órgãos de imprensa.

Participei em diversas diretorias.

Participei como conselheiro em diversas oportunidades.

Enfim, participei da vida circulista de ontem.

Hoje a entidade está funcionando fusionada com outra que é o Grêmio Esportivo Israelita. A denominação de hoje é Hebraica/RS.

O século é outro.

A cidade se modificou. Cresceu. Como tudo. Mais movimentada.

Os costumes são outros.

A entidade está ali Na João Teles. Na mesma sede.

Diferente da que eu vivi.

Mas com vida! Vida do século XXI.

Liderada por jovens. Bem jovens.

Com uma mentalidade adequada aos dias de hoje.

Necessitando sempre de ajuda e participação de todos. Associados ou não. De todos.

Também com eles eu participei. Também com eles eu vivi a entidade. Também com eles fui Conselheiro.

Sabemos nós que o diálogo entre gerações é difícil. Muito difícil.

Isto também acontece nas famílias. Nas melhores famílias. Em todas as famílias...

E uma entidade é uma família.

É a minha opinião.

Opinião de quem viveu – e feliz – junto a uma entidade sócio cultural. De ontem e de hoje...

Que experiência!

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