quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

"ENCONTRO DAS PARTES"




“ENCONTRO DAS PARTES”

ONDE?
 

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br 


 

Aeroporto, Estação Rodoviária, Estação Ferroviária.

Existem lugares melhores para encontros?

Não!

Sei que esta é a palavra...

Normalmente quando se chega a um lugar e estão nos aguardando, a gente diz: “Nos espere junto à entrada principal da Estação”.

Não é assim?

Também sei que vocês estão aprovando.

Mas existem pessoas, e isso é muito comum, que desembarcam num lugar desconhecido e ficam aguardando “os familiares” na entrada principal, mas estes familiares e os viajantes não se conhecem. Nunca se “entreolharam...”, nem por fotos (coloridas ou preto e branco – antigas ou digitalizadas).

Também isso não é uma verdade corriqueira?

Obrigado pelas “sacudidas de cabeça”, significando a concordância de minha afirmativa.

E aí o que fazer?

“That’s the question”, também concordam, não é verdade?

Ora, diz o senhor que está ao seu lado, lépido e faceiro: “É só telefonar para o celular”.

Verdade!

Pura verdade!

E quem disse que alguma das partes conhece o número do celular da outra parte?

- Ficou vermelho, seu José?

- É verdade, não tinha me dado conta deste detalhe... Tem que ser acordado entre as partes. Precisaríamos nos acordar – ou seja, o fornecimento dos respectivos números. São detalhes de comunicação...

- Além do número, seu José, precisaríamos saber do respectivo código. Estamos em outra localidade. Muitas vezes o código é diferente. Podemos estar em outro país, não é verdade?

- Também esse detalhe pode dificultar esse encontro, que já não é mais um simples encontro...

E assim continuamos nessa tarefa do “encontro entre as partes”.

Como acontecer?

Fumaça?

Gritos?

Gestos?

Cor das malas?

Cor das “vestes”?

Tipo de óculos?

Tipo de penteado?

Cartazes com nomes e caricaturas?

O que fazer?

Precisamos “encontrar as partes”...

Bem, o trem, o ônibus, o avião já chegaram...

E nós ali a “encontrar as partes”... Encontrar os parentes. Ah! Os parentes...

E agora?

Microfone da estação para localizar “as partes?"

O barulho é tão grande que ninguém ouve a informação...

Será que sabem o endereço do destino?

“Nervos de aço” em ambas as partes...

O tempo passa e o encontro tão esperado não acontece.

Choros!

Lágrimas!

De ambas as partes...

O que fazer?

Indagar aos que desembarcam se não conhecem os “fulanos” – é uma sugestão.

Surpresa!

- Sou eu!

- Você?

- Sim, sou a Leocádia.

- E eu o Menandro

Mais choros.

Mais lágrimas.

Muitos abraços.

Até “quase” desmaios , em função do nervosismo.

Horas tinham passado, mas finalmente o tão esperado “encontro das partes”.

Festa!

Sucos!

Hamburguer’s.

Tudo junto e muito mais...

É só sorrisos...

Sorrisos “das partes”. Enfim juntas...

Saem felizes a comemorar.

Comemorar o “encontro das partes”.

 

 

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