segunda-feira, 24 de junho de 2013

"ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE"




“ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE”

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


E agora?
 

Título de filme muito famoso. De 1956. Com James Dean. O derradeiro filme deste artista. Um épico do cinema mundial.

Não é sobre ele que vou falar.

Vou me retratar a respeito da saúde agregado a outro fator.

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Domingo.

Inverno.

18 horas.

Fila enorme numa farmácia localizada num Shopping Center.

O cliente se apavora.

Vai a outra farmácia.

Vê na frente um cartaz: Farmácia Popular. (farmácia é que não falta na maioria das grandes cidades brasileiras, não é verdade?).

O cliente lê que há medicamentos grátis.

Não é o caso dele. Ela vai pagar... Ao menos pretende...

Esta farmácia está localizada junto a um posto de combustível.

Novamente fila.

Fila enorme.

Muitos exaltados com a demora no atendimento.

Uma só atendente. Por sinal muito atenciosa.

Está escuro na rua. É inverno. Escurece cedo.

A farmácia está com a porta da frente fechada.

A atendente tentando sempre ser atenciosa com todos.

Dizendo que está fechada a porta e o atendimento está sendo feito através de uma portinhola em função da insegurança urbana.

O horário é 18 horas e alguns minutos...

Uns reclamam que estão pagando.

Pagando caro pelo medicamento. No frio. Com fila. Esperando...

E ela – atendente – dizendo:

- Só estou aqui. Com medo. Com receio de ser assaltada. Por isso a portinhola...

- Mas estou aqui porque a minha mãe idosa necessita com urgência do medicamento e já estou a mais de 50 minutos nesta fila...

Chegou a minha vez.

Não tem o medicamento. Nem o genérico...

O que fazer?

Ir para outra farmácia? Com outra fila?

Fui.

O mesmo dilema.

Fila.

Frio.

Portinhola...

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“Assim caminha a humanidade” – é o título do filme.

Assim caminha a saúde. Com frio. Fila e portinhola, em conjunto com a insegurança urbana.

E agora?

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