segunda-feira, 17 de junho de 2013

NO TEMPO DE GINÁSIO





NO TEMPO DE GINÁSIO

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br



Eu e a diretora D. Nair
Antes da lembrança do gjnásio, uma pequena mas  singela recordação do Primário.

Ela a diretora e ela a alfabetizadora.

A diretora com seu sorriso de sempre: D. Nair Magalhães de Freitas. Carinhosa com todos.

Depois a alfabetizadora: Marion Ciulla Porciúncula. A elas e a todos os “mestres” do Primário, meu agradecimento. Primário da Escola de Educação e Cultura Porto Alegrense. Ali na Oswaldo Aranha, ao lado do ar João. Depois virou Ginásio Israelita Brasileiro.

Agora o ginásio.

Que recordações!

Um artista.

Um crítico de arte. Da Folha da Tarde.

Um amigo.

Um professor.

Um gaúcho.

Recordo-me bem de Fernando Peixoto como meu professor de teatro.

No colégio.

No Colégio Israelita Brasileiro (naquela época Ginásio Israelita Brasileiro).

No tempo de ginásio.

Também neste tempo.

Um amigo. Um grande amigo. Só que fumava. E como fumava!

Um mestre. Um grande mestre.

Mestre de Português.

Guilherme Finkelstein – era seu nome.

Mais do que um professor.

Um “ensinador”. Um líder. Pessoa dedicada inteiramente ao ensino. À educação.

Gosto refinado pelo cinema.

Gosto de ensinar e no interesse dos outros em aprender.

Ensinava com prazer.

No tempo de ginásio.

Também neste tempo.

Outro verdadeiro mestre.

Um mestre de latim.

Sim, aprendi latim.

Um mestre de grego.

Sim, nos ensinava grego.

Um mestre de revista em quadrinhos.

Sim, de revista em quadrinhos.

Seu nome: Francisco Araújo.

Um grande mestre.

No tempo de ginásio.

Todos no israelita de ontem.

São recordações.

Grandes recordações.

Recordações dos mestres.

Dos colegas. Dos amigos.

Das reuniões dançantes.

Das grandes músicas. Dos grandes concertos. Dos grandes artistas.

Dos recreios. Das merendas muitas vezes trazidas de casa...

Tudo no tempo de ginásio.

Tudo em Porto Alegre.

Na Porto Alegre menor.

Na Porto Alegre do bonde: Petrópolis, Duque, Gasômetro, Partenon, Teresópolis, do bonde...

Na Porto Alegre do Centro, do Mercado Público e a salada de frutas da banca 40, da Loja Krahe, da Galeria Chaves, do “footing” da Rua da Praia.

Na Porto Alegre do Clube de Cinema, do Teatro de Equipe, do “Clube do Guri” – O “clube” do Ary Rego e Elis Regina. Sempre na Rádio Farroupilha

Na Porto Alegre dos campeonatos esportivos entre as escolas.

Tudo no mesmo tempo.

No tempo de ginásio.

Das aulas. Das festas. Dos professores.

Grandes recordações.

Tempo que não volta mais.

Não volta no tempo mas fica na memória.

Como não falar nele?

Um grande professor. Minha inspiração por ser professor hoje em dia.

Um grande professor que nos fazia pensar.

Um professor que nos fazia adorar Matemática.

Um professor com todas as letras maiúsculas: José Teixeira Baratojo.

Que professor!

Todos adoravam sua pessoa e suas aulas.

Tudo no tempo de ginásio. Do Israelita. Aquele do uniforme da gravatinha com a insigne GIB.

Tempo de ginásio.

Tempo que não volta mas ficará sempre na memória minha e de meus colegas.

Tudo na Porto Alegre. Sempre alegre!

Tempo romântico.

Tempo da Confeitaria Cruzeiro.

Tempo da Padaria Cestari.

Tempo das praças.

Tempo do Campo do Força e Luz.

Tempo dos parques, ou melhor, do parque Farroupilha. A grande área verde da “cidade grande”.

Tempo do Instituto de Educação, do colégio Rui Barbosa.

Tempo dos cinemas Imperial, Central, Ópera, Cacique, Baltimore, Rio Branco, Ritz, Capitólio, Rey e tantos outros cinemas de bairro onde frequentávamos as matinèes de domingo para trocar “gibis” e “figurinhas”.

Tempo!

Tempo!

Tempo do meu ginásio...

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