terça-feira, 22 de julho de 2014

FAZENDO A MEMÓRIA FUNCIONAR



FAZENDO A MEMÓRIA FUNCIONAR



David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br



Gosto muito de ouvir rádio. É muito gostoso1
Gosto muito de um programa veiculado na Rádio Bandeirantes (editado pela Rádio Bandeirantes de São Paulo) que fala a respeito da memória do rádio. Se “vive” aqueles bons tempos do rádio. Não que hoje não tenhamos um bom rádio. Hoje é o radio jornalismo. Naquele tempo era um outro feitio de programação.
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Voltando ao tempo.
Passeando pelo bairro Bom Fim antigo. Bairro este da cidade de Porto Alegre. Ao sul do “imenso” Brasil.
E o que se nota?
Um bairro repleto de lojas comerciais. Assim como hoje. Mas sempre também tendo a área residencial.
A Avenida Oswaldo Aranha continua como continuava a ser o “centro” do comércio. Um comércio de rua. Tendo sempre como pano de fundo o “pulmão verde da cidade” que é o parque da Redenção e sua paisagem belíssima.
As construções vão mudando mas o bairro continua com o ar de “antigamente”: comercial e residencial.
O que embeleza muito são as palmeiras na parte central desta Avenida Oswaldo Aranha. Nesta parte antigamente servia como “corredor dos elétricos (bondes)” e hoje é o “corredor dos ônibus”. Mas elas, as palmeiras, continuam ali para embelezar a parte central do bairro, sendo uma das características deste “bom Fim moderno”.
O tempo passa.
O tempo muda.
Mas existem certas partes de um bairro que nunca devem ser mudadas, para que este não perca suas raízes. E é isso que acontece com o Bom Fim. Bom Fim de Porto Alegre.
O desenho de suas ruas.
As características de sua população.
Claro está que as pessoas não estão mais sentadas junto às calçadas nos finais de tarde se deliciando com um chimarrão ou falando com os vizinhos, no entanto todos os prédios (modernos ou não) possuem grades à sua frente. Sinal dos tempos. Sinal de uma mudança: insegurança urbana.
Viajar no tempo é salutar.
O tempo passa.
E a memória fica.
Isso é muito bom.
Só para caracterizar essa viagem vou identificar alguns “negócios” do Bom Fim antigo: Cada Milman, Armazém Aço Verde, Padaria Três estrelas, Padaria Zoratto, Bazar Carioca, Pisca Bar, Bar do Aurélio, Zé do Passaporte, Pharmácia Rio Branco, Alfaiataria Gualdi, Bar João, Bar Bom Fim (Serafim – “o fedor”), Colégio Ruy Barbosa, Cinema Baltimore, Armazém Internacional, Casa Júlio, Sorveteria do Seu Isaque, Bazar Maria, Casa Santa Catharina, Barbearia Max.
Muito mudou. É lógico! O tempo passou. Os negócios mudaram. Os nomes e os ramos mudaram. Mas algumas características principais ficaram e se enraizaram dentro desse bairro, que é um ícone junto à capital de todos os gaúchos.
As raízes devem sempre ser mantidas para termos uma memória. Isso é fundamental.

É a história.

Um comentário:

  1. https://www.marciopinho.com.br/peca.asp?ID=4887518&ctd=816&tot=&tipo=&artista=

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