terça-feira, 4 de novembro de 2014

AS CIGARRAS E AS FORMIGAS



AS CIGARRAS E AS FORMIGAS



David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br
www.davidiasnogrodski.blogspot.com

Não plagiar ninguém.
Não vou plagiar La Fontaine e nem Monteiro Lobato.
Quem sou eu para fazer isso...
É só o título.
Vou, sim, falar das cigarras e das formigas do nosso meio.
Estamos chegando quase ao final de mais um ano.
Época de medo.
De tensão.
De calor.
De final de um ciclo.
Época de pensamentos positivos e negativos.
Época de recordações.
Época de angústia.
Época de solidariedade.
Vem-me a pergunta: Porque só nessa época vem à nossa mente a palavra solidariedade com letras maiúsculas? Será que é a dor de consciência? Será que é o arrependimento de não termos tido nosso pensamento nesse ato de bondade durante o restante do ano?
Não sei. Não sei responder. Só sei dizer que é agora que se intensificam esses atos em maior número.
Em função disso é que nós nos devemos considerar as cigarras em matéria de solidariedade humana.
Enquanto as formigas estão pensando e agindo durante os 365 dias do ano em favor dos mais necessitados, as cigarras agem e pensam somente agora.
Por quê?
Não sei.
Só sei dizer que ao menos em alguma época do ano agimos e pensamos naquelas crianças e adultos que muitas vezes não possuem nem o que comer. Não vou falar em vestuário, lazer ou outras atividades mínimas e naturais para a sobrevivência de todo o ser humano.
Devo me curvar às formigas que diuturnamente estão trabalhando duro, voluntariamente – sem os focos dos holofotes -, em prol dos menos aquinhoados. Está chegando a hora de diminuirmos o número de cigarras e aumentarmos, consideravelmente, o de formigas. Sei que já foi pior, mas ainda necessitamos das formigas...
Devemos, urgentemente, nos juntar às formigas.
Não importa onde.
Nas igrejas, sinagogas, templos, escolas, associações de bairros, clube de mães, clubes de serviço. O importante é a nossa presença e auxílio.
Devemos agir.
Precisamos urgentemente diminuir o número de necessitados e de necessidades.
Não adianta só esperar da esfera governamental. Necessitamos nos unir e agir.
Já pensaram se as formigas cansarem e virarem cigarras?
Que seria de nós?
Isso eu sei responder.
Acredito que você também.
Seríamos uns eternos arrependidos...

Vamos nos unir enquanto é tempo.

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