quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CAMINHANDO E CANTANDO


Escolhi o Bom Fim. Mais precisamente o Parque da Redenção.
Aquele que algum tempo atrás queriam cercá-lo. Muitos parques por esse mundo agora são cercados. Mas colocar cerca na Redenção...



CAMINHANDO E CANTANDO...

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


Blog:  davidiasnogrodski.blogspot.com



Dia lindo! Ensolarado mas frio. Dia típico de outono. Outono gaúcho... Temperatura baixa.

É domingo. Estou vestido com meu “uniforme” de caminhadas. Apesar do frio lá vou realizar uma das atividades que mais gosto. Gosto de tudo que faço... Vou caminhar.

Caminhar!

É domingo. Frio!!!


Da minha casa até o parque mais famoso de Porto Alegre são, mais ou menos, dois quilômetros. Vou caminhando! Apesar da fumaça dos automóveis, vou caminhando... Hoje é domingo. Minha respiração está boa. Lá vou pela Avenida Protásio Alves. Não paro para falar com ninguém.
Só cumprimento, afinal de contas estou numa atividade aeróbica...



Chego lá!

Lépido e faceiro. De imediato encontro outros “colegas” que tiveram a “mesma” feliz idéia: caminhar junto ao parque. Parque da Redenção. Localizado no Bairro Bom Fim. Um dos bairros mais tradicionais da capital de todos os gaúchos: Porto Alegre.


 Sol. Árvores. Passarinhos. Flores, não muitas, pois não é época de muita floração. Chafariz ligado. Monumentos. Monumentos sem as devidas placas indicativas.


 O vandalismo chegou em tudo... Hoje não se sabe nada a respeito dos monumentos... Placas roubadas!



- David, ainda temos sorte que os monumentos estão aqui... Ainda não os levaram. Será que estarão no próximo domingo? Comenta um “colega” comigo...



Encontro muitos “lagarteando” junto ao sol. Sentados nos bancos ou mesmo na grama. Lagarteando! Comendo “bergamotas”. O dia está espetacular!



Outros integrantes deste roteiro estão com as crianças observando o lago. Elas desfrutando das bicicletas. Pena! Dizem alguns pais! Não há mais bicicletas para alugar. Respondem outros: isto é coisa do passado, mas continuam discutindo ciclovias para a cidade de Porto Alegre. Ao menos aqui a gente podia andar com tranqüilidade. A “gente” podia, pedalando,  desfrutar da beleza do parque. E porque não trazes a tua bicicleta? Não a possuo... São os diálogos de domingo.



Lá vou eu... ( Não de caniço e samburá, como dizia a “velha” marchinha de carnaval...)

Lá vou eu...

Caminhando! Caminhando! Com passos largos. Assim recomenda os cardiologistas...



Até que... Bem, até que penso: Já dei quatro voltas por todo o parque, posso agora desfrutar do Brique da Redenção. A tradicional feira de artesanato que é realizada, em todos os domingos ( com chuva ou sol) até o final das tardes. É um dos pontos turísticos mais tradicionais e visitados de Porto Alegre. Fica junto da Avenida José Bonifácio. No coração do Bom Fim.

Ali encontro artesãos que realizam seus trabalhos com couro. Fios, madeira, resina, ferro, gesso, vidros, porcelanas e tantos outros...

Ali também encontro, nesta visita às antiguidades (... não velharias...). Antiguidades ideais para colecionadores e os apreciadores. Também ali estão pintores expondo suas obras.

Chego ali e encontro Antonios, Marias, Josés. Violonistas e violinistas. Índios e os indiozinhos. A cantar e dançar.

Teatreiros, artistas, poetas, propagandistas. Todos a mostrar e oferecer seus produtos.

Brique da Redenção,uma verdadeira tribuna livre. Iniciado em março de 1978, com o nome de Mercado das Pulgas. Em abril de 1982 se tornou o Brique da Redenção. Inspirado na Feira de San Telmo ( Buenos Aires) e no Mercado das Pulgas de Paris.

Continuo olhando, apreciando, pois não é uma simples feira. É uma Feira de Encontros de amigos, políticos, capoeiristas, músicos. É o lugar ideal para relaxar, tomar chimarrão e “continuar a caminhada...”.



Lá vou eu... Voltar à minha casa.

Caminhando, logicamente. Cantando...

Cansado?

Não...

Caminhando... O sol continua a brilhar... E lá vou eu seguindo meu caminho.

Eufórico. Feliz...

Caminhando e cantando...

Mais dois quilômetros...

Lá vou eu...

E depois?

Almoçar. Conversar. E ouvir as jornadas esportivas...

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