HORA DO PERIGO
David Iasnogrodski –
escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br
Será que chegarei lá?
Está sendo muito difícil. Estou com medo... Muito medo! Vou ter que pedir
ajuda. Ajuda a quem? Só poderá ser para um amigo. E um amigo do peito... Será
que ele vai me ajudar? Bem, pensando com meus botões, não custa nada tentar...
Tentar!
Iniciei, após alguns
contatos, a mostrar a ele minhas reais dificuldades. Como sairei daqui?
Logo ali está aquele
monstro. Está prestes a me devorar... Me devorar!
Não te preocupa. Vá
por este caminho. Caminho que irei te mostrar. Com certeza alcançarás teu
destino com bastante segurança.
E assim aconteceu...
O passarinho em aflição chegou são e salvo a seu destino. Voltou a voar
normalmente. O cachorro de madame que ele denominava de monstro não percebeu o
caminho que lhe tomou. Seu amigo, o outro passarinho, demonstrou o caminho
certo para que ele pudesse sair de sua amargura.
Esta história
aconteceu num dia destes, no jardim de uma grande cidade. Tudo foi presenciado
por um ser humano que estava ali se deliciando com seu café. Um café pingado.
Observou ele como os
seres animais se ajudam na hora do perigo. Todos nós temos nossas horas do
perigo. Será que sempre nos ajudamos?
Muitas vezes sim.
Outras vezes, somente com a devida contra-partida. E em outras vezes....
Bem, em outras vezes
nem contra-partida... O faz-de-conta, muitas vezes, é a realidade dura e crua
entre os seres humanos. Entre nós...
Acredito que entre os
animais a amizade é mais fácil... Será?
Também fico a
pensar... Nunca eles me informaram. Mas devem ouvir nossas aflições... E como
devem... Devem ficar nos olhando e nos ouvindo... O certo é que todos possuem a
sua hora do perigo.
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