terça-feira, 24 de setembro de 2013

HORA DO PERIGO



HORA DO PERIGO

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br


 


Será que chegarei lá? Está sendo muito difícil. Estou com medo... Muito medo! Vou ter que pedir ajuda. Ajuda a quem? Só poderá ser para um amigo. E um amigo do peito... Será que ele vai me ajudar? Bem, pensando com meus botões, não custa nada tentar... Tentar!

Iniciei, após alguns contatos, a mostrar a ele minhas reais dificuldades. Como sairei daqui?
Logo ali está aquele monstro. Está prestes a me devorar... Me devorar!

Não te preocupa. Vá por este caminho. Caminho que irei te mostrar. Com certeza alcançarás teu destino com bastante segurança.
E assim aconteceu... O passarinho em aflição chegou são e salvo a seu destino. Voltou a voar normalmente. O cachorro de madame que ele denominava de monstro não percebeu o caminho que lhe tomou. Seu amigo, o outro passarinho, demonstrou o caminho certo para que ele pudesse sair de sua amargura.
Esta história aconteceu num dia destes, no jardim de uma grande cidade. Tudo foi presenciado por um ser humano que estava ali se deliciando com seu café. Um café pingado.
Observou ele como os seres animais se ajudam na hora do perigo. Todos nós temos nossas horas do perigo. Será que sempre nos ajudamos?

 

Muitas vezes sim. Outras vezes, somente com a devida contra-partida. E em outras vezes....
Bem, em outras vezes nem contra-partida... O faz-de-conta, muitas vezes, é a realidade dura e crua entre os seres humanos. Entre nós...
Acredito que entre os animais a amizade é mais fácil... Será?


Também fico a pensar... Nunca eles me informaram. Mas devem ouvir nossas aflições... E como devem... Devem ficar nos olhando e nos ouvindo... O certo é que todos possuem a sua hora do perigo.

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