IR E VIR
Acordo cedo.
Abro as janelas.
Me deparo com mais um dia chuvoso. Cinza!
- Que coisa! Tanta chuva...
Tomo o café. Delícia!
Pego o jornal.
Leio algumas notícias.
Me deparo com uma manchete: Amanhã “ela” está chegando!
A Primavera.
Resolvo pegar o carro.
É cedo.
Vou ao parque.
Sei que está chovendo.
Não vou poder “passear” no parque. Minhas caminhadas não vão
poder ser realizadas.
Só estacionar bem “pertinho” desta área verde.
Apreciar a “véspera” da chegada da Primavera.
Árvores floridas.
Pássaros nos galhos à espera da parada da chuva.
Parque sem ninguém.... Sem humanos!
É algo “solitário” – um parque sem pessoas. Bancos vazios.
Caminhos sem as pessoas. Nem o pipoqueiro está ali para fazer a pipoca doce...
Tudo muda em função da chuva.
O tempo passa.
E eu ali.
Aguardando?
Aguardando o que?
Nada!
Aguardando as pessoas.
E elas não vem.
É a chuva e seu “barulhinho” tradicional que estão me
fazendo companhia.
Fico a pensar: Primavera com chuva? Não combina bem...
Não! Amanhã não deverá estar chovendo...
E aí então “ela” estará com toda sua imponência.
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Estação primavera.
Estação de transição.
Logo depois vem o verão.
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Ainda estou no parque.
No carro! Ouvindo música. Música clássica e o “barulhinho”
da chuva.
Estão imaginando?
Olhando a “solidão” desta área verde.
As árvores, as flores, os pássaros.
Todos a pensar: ninguém vem nos visitar, ou ainda por outro
lado, ninguém vem nos importunar... será verdade?
De repente ouço o cantar de um pássaro.
Fico a pensar: a chuva vai parar? Se “ele” cantou é porque
está vendo algo que não percebo.
E “ela” – a chuva – continua a cair – “lépida e faceira”.
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São histórias como esta que torna o mundo tão maravilhoso.
É o “ir e vir” com liberdade.
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Volto amanhã para apreciar o parque.
Talvez com sol. Talvez com “outros” personagens.
Crianças, pipoqueiro, vendedor de churros, idosos, artistas,
atletas, pássaros, flores, árvores enfim – um parque “não solitário”.
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