quarta-feira, 14 de agosto de 2013

"BILLIG VI BORSHT"




“BILLIG VI BORSHT”

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br

"borsht" - sopa de  beterraba

 
 
 
Gosto muito das expressões em “idisch”.

São gostosas! (Dizem os apreciadores da língua “idisch” e os que falam bem este dialeto do alemão). Dizem eles que estas expressões, normalmente ao traduzi-las perdem muito da sua singeleza.

Eu “arranho” o idisch, mas consigo entender bem.

Como exemplo podemos citar a expressão: “Ui vei!” – significando algo que está acontecendo de errado ou de espanto – “Ui vei!”.

Outra expressão muito utilizada é “Billig Vi Borsht”. Traduzindo literalmente significa “Mais barato que a sopa Borsht”. É utilizada para menosprezar algo. “É tão barato que nem chega a custar a sopa” borsht... ’

Acredita-se que o “Borsht” é originário da Ucrânia, mas é parte importante de toda herança culinária da Europa Oriental e Central.

O nome russo e ucraniano é “Borsht”.

Foi levada à Europa Ocidental e à América, principalmente, por imigrantes judeus fugidos da perseguição nestas regiões.

Não sou um “gourmet”, mas vou tentar mostrar esta sopa. Esta sopa é adocicada. Consistindo de beterraba fatiada, cozida em caldo de galinha. Nos dias frios o “Borsht” é servido quente. Tanto o quente como o frio tem como base a beterraba. Não é uma sopa com valor muito alto. Quando digo valor não é o valor nutritivo e sim o valor em “dinheiro”... Ela é bem nutritiva, para quem aprecia beterraba. É uma sopa vermelha.

Normalmente os judeus que vieram da Rússia, Ucrânia e Polônia são os que mais gostam desta sopa e são os que mais servem em suas residências.

A expressão “Billig Vi Borsht” continua sendo usada pelos “amantes” da língua “idisch”.

Acredito que estas expressões do dialeto “idisch” continuarão eternamente existindo.

“Ui Vei” – o que está acontecendo com o “idisch”? Muitos estão esquecendo-se deste dialeto que possui uma musicalidade em suas expressões que não tem outro igual… Ainda é possível encontrar, mesmo nos jovens, que não sabem falar o “idisch”, mas sabem – e muito bem – utilizar suas expressões mais famosas. E são muito apreciadas por estes jovens.

Há filmes, como os de Woody Allen, onde ele sempre introduz algumas expressões em “idisch”. E os que sabem ficam sorrindo nas salas de cinema... “ui vei...”

Fica o conselho: vamos procurar conhecer mais o “idisch” – “ele” é empolgante e suas expressões tem um “sonido” muito legal.

Aprender língua é muito interessante.

Não podemos esquecer: tudo isso é “Billig Vi Borsht”.

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