terça-feira, 4 de outubro de 2011

DONA NAIR: muito obrigado!

D. Nair Magalhães de Freitas e o autor



DONA NAIR: muito obrigado!

David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador

david.ez@terra.com.br   blog davidiasnogrodski.blogspot.com






Março de 1951. 

Início do mês. 

Depois do carnaval. 



Dia lindo. Ensolarado. 8 horas da manhã.  

Chego no colégio.  

Escola de Educação e Cultura. É o nome da Escola. 

Av. Oswaldo Aranha. 

Bairro Bom Fim. Porto Alegre. 

Eu de “guarda pó” branco. Era o uniforme da escola. Merendeira a tira colo.  

Meio acabrunhado... Meu primeiro dia... Sou recebido por uma senhora no portão de entrada.   Um portão de ferro... A senhora está muito alegre. Me dá um beijo. Muito risonha. De óculos.   Estou acompanhado por minha mãe. Assim como eu muitos “coleguinhas” estão chegando...   A senhora que estava nos recebendo foi abraçando pais e filhos. Dando as boas vindas ao início de mais uma jornada. Jornada do saber... Jornada da cultura... É a jornada escolar!



Era uma senhora alegre. Cativante. Foi apresentando as professoras que já nos levavam para a respectiva sala de aula.  

Eu estava iniciando o “jardim de infância”. 

E ela ali. 

Mostrando sua experiência. 

Dedicação. Entusiasmo. 

Era a diretora da Escola. 

Nair Magalhães de Freitas era o seu nome. Fiquei sabendo depois. 



O tempo foi passando. 

Eu crescendo. 

Ela continuando a ser nossa diretora. Diretora da minha escola. 

Passamos para o prédio novo. 

Localizado na Av. Protásio Alves. Bairro Santa Cecília. 

Nova denominação da escola: Ginásio Israelita Brasileiro. 

Agora além dos cursos de Jardim de Infância e Primário, nossa escola passa a ter, também, o curso ginasial. E ela – Nair Magalhães de Freitas – continuava a liderar os cursos de jardim de Infância e Primário.  



Sorriso sempre!

Alegria sempre!

Dedicação sempre!

Liderança sempre!

Personalidade forte sempre!



O tempo foi passando.  

Sai da Escola.   

Terminei o Ginásio. 

Fui para outra Escola continuar meus estudos.  

Não esquecendo nunca aquela “mulher”. Aquela professora. Aquela diretora.  

Aquela amiga.   

Aquela Nair Magalhães de Freitas. 



Estou triste!

Muito triste!

Fiquei sabedor – agora - que a dois anos atrás a D. Nair – professora, diretora e amiga, nos deixou para sempre. Mudou de escola... 

Deve estar dirigindo outra escola “lá em cima”. 



Liderança, conhecimento e experiência não lhe falta...  

Eu sinto muito não ter sabido antes de sua falta. 



Pessoas como a diretora Nair Magalhães de Freitas – a D. Nair – fazem falta ao nosso ensino. 



O que eu posso fazer?

Somente dedicar estas linhas, em agradecimento ao seu trabalho.  

Ao trabalho e exemplo que nos proporcionou momentos de grande alegria e satisfação pelo seu convívio. 



D. Nair, assim eu e muitos de minha geração a chamavam, devemos dizer somente: muito obrigado. Muito obrigado por tudo. 

Tenho a certeza que onde esteja neste momento, tenho a tranqüilidade de dizer que a senhora está desenvolvendo aquilo que mais adorava fazer: liderar pessoas para o saber. 



D. Nair: Muito obrigado!

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