“EMPADINHA ASSASSINA...”
(uma “pitadinha de bom humor...” mas um bom humor “sádico...”)
David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br
16 horas.
Hora do meu lanche.
Chego no restaurante.
- Por favor, desejo uma empada.
- De que? Galinha ou palmito?
- Empadinha de galinha. É empadinha, pois ela é muito pequena... Não é verdade?
- Aguarde alguns segundos. Vou esquentá-la no microondas.
Minha vontade de comer a ”empadinha” era tão grande que “aqueles” segundos pareciam “horas”...
- Eis a empada.
Coloquei-a rapidamente na boca.
Senti uma queimadura nos lábios.
Estava muito quente. Fervendo!!! Não pude falar e sim só pensar: “Realmente” aqueles “segundos foram horas...
- Rápido moço, me consegue gelo. Muito gelo! Preciso colocar na minha boca...
Coloquei imediatamente o gelo nos lábios. Senti o queimado. Será que estava saindo fumaça? Não sei. Só sei que vieram colegas me socorrer. Gritava muito.. Muita dor... Horrível!!!
- “Empadinha assassina...” “Empadinha assassina!” Ela quer me matar! Dói muito! Ela quer me matar...
- Não grite senhora. Fique calma! Vou chamar um médico. Uma ambulância. Não grite! Já vai melhorar... Isso foi dito pelo gerente do restaurante.
- Não necessito nada. Essa “empadinha” de vocês é assassina. Ela quer me matar de dor...
Não veio médico. Não veio ambulância, mas a cliente saiu com os lábios inchados e colocando gelo... E o pior: com fome, pois não conseguiu saborear a tão “esperada” empada de galinha.
Empadinha assassina?
Será “ela” a culpada?
Bem, a justiça dirá..., Pois a cliente prometeu, ao sair do restaurante, que levaria o caso no Tribunal das Pequenas Causas. Ia abrir um processo contra a “empadinha assassina”, ou contra o microondas? Ou contra o restaurante? Não sabia, só sabia que ia abrir um processo... Estava com muita dor... E com fome!
Quem ganhará a causa?
A empadinha?
A cliente?
O microondas?
O restaurante?
Só a justiça irá resolver.
Se fosse na novela “Caminho das índias”, diriam todos que seria mais aconselhável chamar o João Buracão, pois ele resolve tudo...
Mas...
...
No outro dia.
16 horas.
Horário do lanche.
A mesma cliente, com os lábios inchados.
Com fome!
Não vai ao restaurante com receio de que só tenha para comer a “empadinha assassina”.
Fica com fome, como no dia anterior...
(uma “pitadinha de bom humor...” mas um bom humor “sádico...”)
David Iasnogrodski – escritor, engenheiro, administrador – david.ez@terra.com.br
16 horas.
Hora do meu lanche.
- Por favor, desejo uma empada.
- De que? Galinha ou palmito?
- Empadinha de galinha. É empadinha, pois ela é muito pequena... Não é verdade?
- Aguarde alguns segundos. Vou esquentá-la no microondas.
Minha vontade de comer a ”empadinha” era tão grande que “aqueles” segundos pareciam “horas”...
- Eis a empada.
Coloquei-a rapidamente na boca.
Senti uma queimadura nos lábios.
Estava muito quente. Fervendo!!! Não pude falar e sim só pensar: “Realmente” aqueles “segundos foram horas...
- Rápido moço, me consegue gelo. Muito gelo! Preciso colocar na minha boca...
Coloquei imediatamente o gelo nos lábios. Senti o queimado. Será que estava saindo fumaça? Não sei. Só sei que vieram colegas me socorrer. Gritava muito.. Muita dor... Horrível!!!
- “Empadinha assassina...” “Empadinha assassina!” Ela quer me matar! Dói muito! Ela quer me matar...
- Não grite senhora. Fique calma! Vou chamar um médico. Uma ambulância. Não grite! Já vai melhorar... Isso foi dito pelo gerente do restaurante.
- Não necessito nada. Essa “empadinha” de vocês é assassina. Ela quer me matar de dor...
Não veio médico. Não veio ambulância, mas a cliente saiu com os lábios inchados e colocando gelo... E o pior: com fome, pois não conseguiu saborear a tão “esperada” empada de galinha.
Empadinha assassina?
Será “ela” a culpada?
Bem, a justiça dirá..., Pois a cliente prometeu, ao sair do restaurante, que levaria o caso no Tribunal das Pequenas Causas. Ia abrir um processo contra a “empadinha assassina”, ou contra o microondas? Ou contra o restaurante? Não sabia, só sabia que ia abrir um processo... Estava com muita dor... E com fome!
Quem ganhará a causa?
A empadinha?
A cliente?
O microondas?
O restaurante?
Só a justiça irá resolver.
Se fosse na novela “Caminho das índias”, diriam todos que seria mais aconselhável chamar o João Buracão, pois ele resolve tudo...
Mas...
...
No outro dia.
16 horas.
Horário do lanche.
A mesma cliente, com os lábios inchados.
Com fome!
Não vai ao restaurante com receio de que só tenha para comer a “empadinha assassina”.
Fica com fome, como no dia anterior...
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